Francisco Lopes, que vai continuar a acumular funções na Comissão Política e no Secretariado do PCP por mais quatro anos, falava no último de três dias do XXI Congresso do partido, que decorre desde sexta-feira em Loures, distrito de Lisboa.
Na sua intervenção, o ex-deputado do PCP usou palavras duras para responder a partidos e correntes de opinião que contestaram a realização deste congresso, numa altura em que Portugal está em estado de emergência por causa da epidemia de covid-19.
"Neste estado de emergência, temos centenas de milhares de trabalhadores a continuar a laborar e a deslocarem-se sem quaisquer garantias de segurança sanitária, sujeitos a violação de direitos nos salários ou nos vínculos. Mas, para os arautos da exploração e da limitação das liberdades, isso não é problema. Porém, se esses mesmos trabalhadores pretendem reunir em plenário, se pretendem manifestar-se e reivindicar, isso já não é aceitável", apontou.
Francisco Lopes afirmou depois que, com a realização do Congresso do PCP, "esses mesmos candidatos a carrascos da liberdade e da democracia, invocando a epidemia, vomitam ódio contra o partido e clamam pela proibição do congresso".
"A resposta está dada: O XXI Congresso do PCP aqui está a demonstrar a importância do caminho a seguir, com proteção sanitária e combatendo a epidemia antidemocrática", declarou, recebendo uma prolongada salva de palmas por porte dos delgados comunistas.
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