O documento, publicado hoje na página oficial do Conselho da Europa, sublinha que “o discurso de ódio online que seria inaceitável no passado é agora uma ocorrência quotidiana” e que “o debate democrático está a ser minado por opiniões polarizadas”.
“O ódio contra muçulmanos e judeus está a ganhar espaço, os membros das comunidades negras da Europa ainda enfrentam preconceitos e discriminação de longa data e as estratégias para os ciganos frequentemente fracassam perante a pobreza e a marginalização, sendo isso ainda pior para as mulheres”, refere o documento.
O ECRI destaca que “não apenas os partidos ultranacionalistas e xenófobos conquistaram assentos nas eleições europeias em vários países, como também os principais partidos adotaram políticas restritivas”.
O relatório destaca que enquanto alguns países fizeram grandes avanços nos direitos LGBTI, outros colocaram-se no oposto, excluindo o casamento entre casais do mesmo sexo, e que nestes “o assédio, as ameaças e a violência estão em ascensão e os agressores geralmente ficam impunes”.
“O racismo e a intolerância promovem o ódio e a violência e são um risco para todos nós. É por isso que o ECRI monitoriza todos os países da Europa para criar soluções que funcionem a longo prazo”, adianta.
O ECRI salienta que nos últimos 25 anos ajudou os países a identificarem problemas, introduzirem novas leis, estabelecerem órgãos de igualdade robustos e construírem apoio às vítimas e a fornecer um roteiro para as sociedades europeias avançarem em direção à igualdade e à diversidade.
“Em tempos difíceis, o nosso trabalho é mais importante do que nunca. Mostre seu apoio - tome uma posição contra o racismo e a intolerância”, apela aquele organismo.
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