Devido à pandemia e às restrições decorrentes da declaração do estado de emergência, esta reunião, onde poderão participar mais de 200 conselheiros, vai decorrer através de videoconferência, de modo a evitar uma concentração de pessoas.
De acordo com a convocatória, disponível no 'site' do partido, os trabalhos arrancam pelas 09:00 e a ordem de trabalhos terá dois pontos: "discussão e votação da posição do CDS-PP face às eleições presidenciais de 2021" e "análise dos resultados eleitorais da Região Autónoma dos Açores e da situação política, económica e social" do país.
Os trabalhos serão dirigidos a partir da sede nacional do partido, em Lisboa. Também no 'Caldas' estava previsto estarem o presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, e o secretário-geral, Francisco Tavares, mas tal já não será possível pois os dois encontram-se em isolamento depois de terem contactado com uma pessoa infetada com o novo coronavírus.
Em nota enviada aos jornalistas esta semana, o secretário-geral centrista salientava que esta reunião "é considerada inadiável, atendendo ao calendário eleitoral em curso", mas indicava que o CDS não iria recorrer a "nenhum regime de exceção previsto para os partidos".
O Conselho Nacional foi convocado na segunda-feira, horas depois de o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter anunciado que vai recandidatar-se a um segundo mandato em Belém.
Na altura, o presidente daquele órgão, Filipe Anacoreta Correia, indicou que o presidente do partido solicitou esta reunião extraordinária, numa nota na qual sublinhava que Francisco Rodrigues dos Santos tinha afirmado que “daria a voz aos órgãos próprios para que se pronunciassem sobre o apoio” do CDS assim que Marcelo Rebelo de Sousa “declarasse ao país a intenção” de se recandidatar a Belém.
Nas eleições presidenciais de 2016, o CDS apoiou a candidatura do atual chefe de Estado.
O último Conselho Nacional do CDS-PP, e único realizado desde que a nova direção tomou posse no início do ano, realizou-se em junho, em Ourém, distrito de Santarém.
No final de novembro, em entrevista à Antena1, o presidente centrista considerou “completamente contraproducente estar a juntar 300 pessoas numa videoconferência, numa reunião que se quer reservada, sigilosa, e que não vaze para o exterior”.
Questionado na altura sobre as críticas internas à sua atuação à frente do partido, disse estar “mortinho para realizar um Conselho Nacional do CDS”, até “para colocar umas questões no devido lugar” e salientou que a liderança do partido “não se move pelo ruído nem pelos decibéis de críticos” e que está “muito tranquilo” com o trabalho que fez.
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