O encerramento da fábrica de Palmela até final do próximo ano deve-se à “deterioração significativa das condições de mercado e à redução dos volumes de produção” a nível mundial, refere um comunicado da Continental, que promete dialogar com a Comissão de Trabalhadores para “desenvolver um pacote abrangente de compensação aos 370 colaboradores da unidade industrial de Palmela”.
“Vamos colaborar estreitamente com a Comissão de Trabalhadores para desenvolver um pacote abrangente de compensação”, garante, no comunicado, o diretor-geral da fábrica, Pedro Gaiveo, adiantando que essa compensação deverá incluir “indemnização e apoio na procura de um novo emprego dentro ou fora da Continental”.
A par das estimativas que apontam para uma produção ainda mais baixa do que indicavam as previsões de há cerca de ano e meio, a Continental justifica também o encerramento da fábrica de Palmela com a estratégia `Transformation 2019–2029´, um programa do grupo alemão que visa “fortalecer a competitividade da empresa a longo prazo e assegurar a sua viabilidade”.
O SITE Sul - Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul ainda não foi oficialmente informado da decisão da Continental de encerrar a fábrica de Palmela, mas espera que a decisão seja reversível.
“Oficialmente ainda não houve nenhuma informação da empresa ao sindicato, mas vamos contactar a empresa e tentar encontrar alternativas que passem pelo não encerramento”, disse à agência Lusa Esmeralda Marques, do SITE Sul.
“O encerramento da Continental de Palmela teria um grande impacto negativo no concelho de Palmela e na região”, acrescentou Esmeralda Marques.
De acordo com dados da Continental, o grupo alemão, fundado em 1871, tem várias unidades industriais distribuídas por diversos pontos do país, com cerca de 3.700 colaboradores, e mais de 240.000 colaboradores em 59 países. Em 2019, a Continental atingiu um volume de vendas de 44,5 mil milhões de euros.
Comentários