Os dois pequenos sarcófagos contendo os fósseis das criaturas antropomórficas foram apresentados aos deputados esta terça-feira por Jaime Maussan, autoproclamado jornalista especialista em estudo de objetos voadores não identificados (OVNI) e fenómenos aeroespaciais.
“São seres não humanos, que não fazem parte da nossa evolução terrestre”, salientou este autoproclamado especialista, durante uma sessão organizada por um deputado, Sergio Gutiérrez, em nome do “interesse público”.
As múmias encontradas no Peru têm “cerca de 1.000 anos”, garantiu, citando análises de carbono 14 da Universidade Autónoma do México (UNAM).
Estas múmias “são uma criação denunciada há anos”, referiu, por sua vez, a edição francesa do Huffington Post, recordando as polémicas em torno do documentário “Unearthing Nazca”, em 2017.
Uma das múmias "foi avaliada por um antropólogo” a “as suas conclusões foram claras: a múmia em questão é um conjunto de diferentes restos humanos mumificados", acrescentou o Huffington Post.
O Instituto de Física da UNAM já reconheceu em comunicado ter realizado estudos nos corpos, mas destacou que os resultados são confidenciais por terem sido solicitados por um particular e estão limitados a determinar a antiguidade dos mesmos.
O laboratório do Instituto "desvincula-se de qualquer uso, interpretação ou distorção posterior dos resultados que este emite", afirmaram no comunicado.
Vários ridicularizaram a audiência. Nas redes sociais, um internauta afirmou: “receber Jaime Maussan na Câmara dos Deputados mostra o desprezo deste país pela ciência”, frisou, por sua vez, um internauta mexicano. Também houve apelos a que Maussan se tornasse o “presidente das relações intergalácticas”.
A 26 de julho, um antigo elemento dos serviços de informação da Força Aérea dos EUA, referiu perante um comité do Congresso norte-americano que as autoridades estavam escondendo evidências da existência de extraterrestres.
David Grusch assegurou que estava absolutamente convencido de que os Estados Unidos estavam na posse de um OVNI e até mesmo dos restos mortais dos seus operadores.
A NASA pediu recentemente mais condições para estudar cientificamente esses OVNI, assim como o Pentágono, que está preocupado com possíveis atividades de espionagem chinesas.
Em 20 anos, as autoridades mexicanas receberam 1.011 pedidos de informação de cidadãos sobre estas manifestações paranormais, revelou um responsável do Instituto Nacional de Acesso à Informação e de Proteção de Dados Pessoais (INAI).
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