Em causa está a estratégia “Ficar a salvo da covid-19 durante o inverno”, hoje divulgada em Bruxelas, na qual a Comissão Europeia exorta os Estados-membros a definirem “critérios claros para reuniões familiares”, durante as festas de final de ano, como o Natal, estipulando assim “um número máximo de pessoas por reunião familiar”.
Ao mesmo tempo, o executivo comunitário sugere que os países pensem em implementar “bolhas domésticas”, isto é, “encorajar as pessoas a passar os dias das festividades com as mesmas pessoas e a reduzir ainda mais os contactos sociais”.
Outro conselho é que seja introduzido ou mantido “o recolher obrigatório durante a noite”.
E, segundo Bruxelas, deve ser incentivada a “organização de reuniões e eventos sociais ‘online’, tais como celebrações de fim de ano no local de trabalho”, enquanto as cerimónias religiosas devem ser preferencialmente “transmitidas ‘online’, na televisão ou na rádio”.
Além disso, a Comissão Europeia vinca que os países devem considerar “a possibilidade de não permitir quaisquer reuniões de massas e de definir critérios claros para os eventos excecionais permitidos”, tanto no interior e como exterior, e quais as medidas de controlo específicas.
No caso de “algum relaxamento temporário” e se ocorrer algum tipo de evento, “deve ser acompanhado de requisitos rigorosos para as pessoas se auto isolarem antes e depois […], de preferência pelo menos sete dias”.
Também mantido nesta época, como nas restantes, deve ser o cumprimento das “medidas de distanciamento físico, utilização de máscaras, lavagem das mãos e outras medidas de higiene”, alerta a instituição.
O mesmo se aplica à preferência pelo teletrabalho, devendo os países “incentivar os empregadores a permitir que as pessoas trabalhem a partir de casa ou do local onde pretendem passar as suas festividades de fim de ano alguns dias antes e depois”, de forma a se possam também isolar “antes de regressarem aos locais de trabalho”.
“Quando o trabalho à distância não for possível, os empregadores devem pôr em prática medidas que permitam o regresso ao trabalho em segurança”, acrescenta a Comissão Europeia.
No caso da população mais suscetível, Bruxelas pede que os Estados-membros “adotem medidas para assegurar cuidados adequados a pessoas vulneráveis, particularmente em caso de restrições e proibições” à circulação, numa alusão a “pessoas idosas que vivem sozinhas ou em cuidados residenciais”, a deficientes, doentes mentais ou sem-abrigo.
E deve ainda ser recordado “aos cidadãos que devem ser particularmente cuidadosos no que diz respeito aos contactos com membros mais velhos da família ou com aqueles que pertencem a grupos específicos em risco de covid-19, tais como pessoas com doenças crónicas”, propõe a instituição na estratégia.
No que toca às escolas, Bruxelas sugere que, “a fim de reduzir os riscos de transmissão no período que se segue à época festiva”, os países devem equacionar “o prolongamento das férias escolares ou a introdução de um período de aprendizagem ‘online'”.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.468.873 mortos resultantes de mais de 63,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo.
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