O CNCS alerta, em comunicado, que deve ser "dada prioridade a fontes oficiais ou reputáveis de informação".
O comunicado, que é também subscrito pela Polícia Judiciária, lembra que “os contextos de crise de proporções internacionais são, tradicionalmente, explorados por atores hostis do ciberespaço para sustentarem as suas campanhas de ciberataques no alarmismo social e na atenção mediática global sobre o tema”.
Para o CNCS, o caso da Covid-19 “não tem sido exceção” e desde fevereiro cresceram as campanhas de phishing ('pesca' de dados) por e-mail, SMS ou nas redes sociais, a coberto da imagem de entidades oficiais como a Organização Mundial de Saúde, a UNICEF ou centros de investigação e laboratórios, com conteúdos alusivos à pandemia, inclusive ficheiros em anexo, mas orientados para a captação de dados pessoais das vítimas ou para a infeção dos seus dispositivos com software malicioso.
O CNCS alerta ainda para esquemas de fraude digital partilhados por e-mail ou em redes sociais, que divulgam iniciativas de 'crowdsourcing' para a recolha de donativos para falsas campanhas de compra de material médico ou de proteção pessoal.
Perigosos são ainda “SMS enviados a informar que, de acordo com a lei, estão a ser aplicadas medidas extraordinárias para o combate à Covid-19 e que todos os cidadãos nacionais serão vacinados, sendo garantido um reembolso dos custos pelo governo. Para tal, bastaria pagar uma determinada quantia indicada no SMS e através do registo no link enviado seriam posteriormente ressarcidos”.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 já infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.
Dos casos confirmados, 242 estão a recuperar em casa e 206 estão internados, 17 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
O boletim divulgado pela DGS assinala 4.030 casos suspeitos até hoje, dos quais 323 aguardavam resultado laboratorial.
Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.
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