Os procedimentos, segundo a Fenprof, “continuam a variar muito” de escola para escola e os testes continuam “a não ser opção generalizada”, enquanto crescem os números de alunos e profissionais em quarentena.
“Em pouco mais de uma semana, o número de escolas que a Fenprof confirmou como já tendo tido (na larga maioria, tendo ainda ativos) caso(s) de covid-19 quase triplicou”, afirma a estrutura sindical, revelando uma lista de estabelecimentos, que está a atualizar com regularidade.
De acordo com a federação, há ainda um número significativo em fase de confirmação, na sequência de informações que, constantemente, está a receber.
Face ao número crescente de casos, os professores estão a ser autorizados a exercer a atividade em teletrabalho, o que para a Fenprof não é a solução ideal, mas justifica-se no atual contexto.
A Fenprof alegou ainda, em comunicado, que para o aumento de casos nas escolas, que também se repercute na comunidade, está a contribuir “a não realização de testes” na maioria das escolas em que são detetadas infeções.
“Além disso, estão a ser adotados procedimentos que são contrários às recomendações da Direção-Geral da Saúde e fazem aumentar, ainda mais, o risco”, defendeu a Fenprof, exemplificando que há escolas com turmas colocadas em quarentena, mas com os professores a darem aulas a outros alunos.
A estrutura sindical mantém a intenção de recorrer aos tribunais, a partir do dia 22, se o Ministério continuar a não responder ao pedido de informação que lhe endereçou a 8 de outubro sobre as escolas com casos de covid-19.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 40,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.213 pessoas dos 103.736 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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