A afirmação foi feita após reunião do Conselho de Ministros, em reação a uma questão do SAPO24 quanto aos processos disciplinares abertos por parte da Ordem dos Médicos a médicos do movimento Médicos pela Verdade, um grupo composto por profissionais de saúde que desvaloriza a gravidade da Covid-19, sendo acusado de desinformação por, por exemplo, ser contra o uso generalizado de máscaras e de testes PCR para diagnóstico.
Questionada a pronunciar-se quanto às medidas que o Governo tomaria para combater a desinformação que existe quanto à pandemia e penetra até a classe médica, a ministra não quis comentar a abertura destes inquéritos, considerando-a "uma competência da Ordem dos Médicos e está a ser exercida", mas defendeu o papel do executivo no combate à desinformação.
“O Governo tem feito todo o esforço possível de transparência de informação, de comunicação regular e da transmissão das medidas e do desenvolvimento do conhecimento que tem sido feito a propósito da Covid-19”, disse Mariana Vieira da Silva, defendendo que as várias decisões do executivo têm sido tomadas "em articulação com as comunidades científicas e médicas".
"Entendemos que, do nosso ponto de vista, o Governo está a fazer o seu papel”, justificou a ministra, aludindo, porém a uma " partilha de responsabilidades envolvendo os órgãos de comunicação social". "São o principal espaço de informação das pessoas e devem cuidar de uma informação rigorosa e detalhada, muitas vezes tornando-a gratuita ao público”, continuou a governante.
"É um trabalho de todos, de toda a comunidade, com responsabilidades próprias do Governo, que julgamos que estão a ser seguidas", concluiu.
No decurso da conferência de imprensa organizada após a reunião do Conselho de Ministros, o Governo anunciou a proibição da circulação entre concelhos no território continental entre as 00:00 horas de 30 de outubro e as 23:59 de 3 de novembro, assim como a decisão de decretar um dia de luto nacional, que será a 2 de novembro.
Foram ainda anunciadas várias medidas extraordinárias para os concelhos de Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira, onde será imposto o dever de confinamento e proibição de quaisquer eventos com mais de cinco pessoas, entre outras, a partir das 00:00 de sexta-feira.
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