Na sua maioria, estes doentes são “relativamente novos” e sem vacinação contra a covid-19, afirmou durante uma conferência de imprensa relacionada com o caso de uma grávida internada com covid-19 grave, não vacinada e ligada a ECMO (um dispositivo de circulação extracorporal essencial ao tratamento de doentes críticos), cujo bebé nasceu na quarta-feira de cesariana programada e sem complicações.
Desde o início da pandemia, o hospital contabilizou, com esta, três grávidas com covid-19 em ECMO, tendo sobrevivido todas à exceção de um bebé com 29 semanas, recordou.
Questionado sobre se os 14 internados estão infetados com a variante Delta ou Ómicron do coronavirus SARS-CoV-2, Roberto Roncon disse não poder precisar, pois o hospital não faz a genotipagem aquando da admissão, mas admite que a sua maioria será pela Ómicron, dado ser a variante dominante em Portugal.
O médico adiantou que, além de pessoas não vacinadas, a maioria dos internados nos intensivos são vacinados, mas com doenças associadas e que, por força dessas, a vacina vai perdendo eficácia ao longo do tempo.
Aproveitando a ocasião, o médico alertou que quem ainda não se vacinou por ter dúvidas está sempre a tempo de o fazer, pois as vacinas são seguras.
“Passado todo este tempo ainda temos mais argumentos a favor da eficácia e segurança das vacinas, não só pelos ensaios clínicos, mas pela vigilância na comercialização das mesmas”, reforçou.
Insistindo no facto de a vacina ser “eficaz e segura”, Roberto Roncon lembrou que estar nos cuidados intensivos não é nada que se recomende a ninguém, independentemente do melhor tratamento que se faça.
Porque, especificou, deixa marcas e obriga a uma recuperação funcional e neuropsicológica.
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