Dos 11 casos identificados, seis são utentes do lar de idosos e os outros cinco são funcionários que também tiveram resultados positivos nos testes de despiste da covid-19, quatro deles trabalhadores da cozinha e um que desempenha outras funções, precisou a mesma fonte contactada pela agência Lusa.
“A Misericórdia realizou testes, no dia 17, a todos os trabalhadores (105), tendo detetado cinco casos de covid-19. Quatro são trabalhadores da cozinha e um pertence a um dos três blocos da Santa Casa”, explicou à Lusa o delegado de saúde de Grândola, Ismael Selemane.
Segundo o responsável, na quarta-feira, foi efetuado “um rastreio aos 39 residentes do bloco 01”, ou seja, a utentes desta estrutura residencial de apoio a pessoas idosas (ERPI), que resultou na deteção de “mais seis casos”, disse à Lusa.
O delegado de saúde indicou que o rastreio “vai ser alargado”, na sexta-feira, “aos restantes utentes dos blocos 02 e 03 da Misericórdia de Grândola, num total de 108 pessoas”.
Os seis utentes com resultados positivos para o novo coronavírus SARS-CoV-2 “estão isolados num espaço próprio que foi criado pela Misericórdia, no âmbito do plano de contingência” e, até ao momento, “pelo menos dois já começaram a ter sintomas” da doença, como febre.
“Os trabalhadores estão a cumprir o isolamento em casa e nenhum deles apresenta sintomas” da doença, acrescentou o responsável, afiançando que “a situação para já está controlada”.
Foram igualmente efetuados “rastreios aos contactos de alto risco” dos cinco funcionários com resultados positivos para o SARS-CoV-2, estando a autoridade local de saúde a aguardar os resultados dos testes.
“No caso deste lar, o surto teve origem na cozinha o que vem confirmar a importância do uso da máscara nestes locais, que são focos de desenvolvimento deste tipo de vírus porque as pessoas não se protegem, por causa do calor”, concluiu.
O concelho de Grândola regista 17 casos ativos de covid-19 e 61 recuperados, de acordo com os dados epidemiológicos atualizados na terça-feira.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 41,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.245 pessoas dos 109.541 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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