“Lamentamos que até ao momento não exista ampla divulgação de normas orientadoras, para lidar com este tipo de coronavírus, assim como não existem em quantidade suficiente equipamentos de autoproteção”, escreve o Sinapol em comunicado.
A estrutura sindical lamenta igualmente “a inexistência de medidas para mitigação de eventuais consequências de contágio”, sublinhando que “os polícias não têm qualquer informação sobre como atuar numa situação em que o vírus esteja em fase propagação”.
O Sinapol “espera e quer acreditar, que durante o dia de hoje a Direção Nacional da PSP dê uma cabal resposta às insuficiências descritas no comunicado, tendo em conta que é a saúde dos polícias que está em causa e da população em geral”.
O sindicato lembra que os profissionais da Polícia de Segurança Pública (PSP), pelas características da sua missão, são usualmente dos primeiros a responder a qualquer tipo de ocorrência de cariz urgente, estando assim expostos a forte ameaça de contágio, simplesmente porque lidam com a população em geral, quer na rua, quer nas esquadras onde atendem dezenas de cidadãos diariamente, “muitas vezes sem as mínimas condições de segurança, em espaços exíguos e não devidamente ventilados”.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou os dois primeiros casos positivos de infeção no país, um homem de 60 anos e outro de 33, internados em hospitais do Porto.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou já mais de 3.000 mortos e infetou quase 90 mil pessoas em 67 países, incluindo duas em Portugal.
Das pessoas infetadas, cerca de 45 mil recuperaram.
Além de 2.912 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.
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