"Só olho para o meu partido e só olho em frente, não olho para o resto, que não posso influenciar nem tenho de influenciar. Portanto, estou é preocupada em transformar este bom resultado em Lisboa num resultado que não seja só de Lisboa e que, certamente, ajude o país a ir em frente", afirmou Assunção Cristas.
A líder centrista retirou hoje simbolicamente um cartaz da sua campanha autárquica em Lisboa, comprometendo-se a que a propaganda da coligação "Pela Nossa Lisboa" (CDS-PP/MPT/PPM) espalhada pela capital esteja removida até segunda-feira.
Questionada pelos jornalistas sobre se já prepara a colocação de cartazes para as legislativas, daqui a dois anos, Assunção Cristas disse que "ainda falta" e manifestou-se confiante num bom "relacionamento institucional" com o PSD.
Interrogada acerca de futuras negociações com os sociais-democratas, num quadro de reforço dos centristas em Lisboa, Cristas respondeu que "o relacionamento entre o PSD e o CDS é institucional, de dois partidos amigos, que já colaboraram diversas vezes, já construíram em conjunto".
"Certamente que teremos um bom relacionamento institucional, mas não está em cima da mesa negociarmos o que quer que seja, portanto, essas questões nem se colocam", declarou.
A presidente do CDS, partido que em Lisboa passou de um para quatro vereadores, destacou que na capital são a segunda força política e líderes da oposição e que a nível nacional tudo fará para o partido possa "também crescer e para que estes resultados não sejam apenas um episódio de Lisboa e se possam estender a todo o país".
"O CDS terá sempre o poder que os eleitores lhe quiserem dar e atuará em conformidade com esse poder. Em Lisboa tivemos um sinal de esperança e de estímulo", sustentou.
Na segunda-feira, conforme Assunção Cristas já tinha anunciado, o CDS apresentará as primeiras propostas para o Orçamento do Estado, cuja proposta o Governo entregará na próxima sexta-feira.
Trata-se de medidas que os centristas podem apresentar antes de conhecer a proposta do Governo, disse Assunção Cristas, que não quis adiantar quais serão.
A presidente do CDS-PP tem vindo a afirmar que o grupo parlamentar vai insistir em medidas que considera estruturais e que já apresentou em processos orçamentais anteriores, como a descida do IRC, ou incentivos fiscais para arrendamento de longa duração.
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