De acordo com notícia divulgada pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre [AIS], os ataques foram particularmente significativos na França e na Alemanha, mas também foram “comuns” em países como a Bélgica, Grã-Bretanha, Dinamarca, Irlanda, Itália e Espanha.
Contam para esta estatística eventos como incêndios criminosos, profanação de lugares de culto, pilhagens, roubo e vandalismo. O estudo surge a partir da análise de notícias e reportagens, bem como registos policiais e publicações nas redes sociais.
Assim, "aproximadamente 3 mil igrejas, escolas, cemitérios e monumentos cristãos foram vandalizados, queimados, saqueados ou desfigurados na Europa durante 2019 – mais de cinco por dia, um ano recorde para a hostilidade anticristã no continente", pode ler-se.
Segundo a Fundação AIS, "estes dados vêm confirmar uma tendência registada ao longo dos últimos tempos e que tem sido avaliada por diversas entidades". A título de exemplo, é referida a denúncia do Observatório da Intolerância e Discriminação contra os Cristãos sobre os 30 incidentes em igrejas na Alemanha entre o início de abril e o início de junho de 2019 o que mostrava, segundo esta entidade, "falta de respeito" pelos lugares de culto do país.
Em França os números também se têm mostrado significativos nos últimos anos, é referido. Desde 2016 até 2018, segundo um relatório do Serviço Central e Inteligência Criminal, citado pelo jornal Le Figaro, registam-se "milhares de casos de vandalismo nas igrejas", com 1063 ocorrências registadas num dos anos.
Em novembro de 2019, o Observatório da Intolerância e Discriminação contra os Cristãos publicou um relatório sobre o ano anterior em que é registado "um aumento no número de igrejas, símbolos cristãos e cemitérios em toda a Europa sendo vandalizados, profanados e queimados".
Citada pela Renascença, Catarina Martins Bettencourt, do secretariado nacional da Fundação AIS, refere que "tudo isto são sinais que nos mostram que há algo que está a mudar na Europa, na nossa comunidade. E é algo a que temos que estar atentos e evitar que se transforme numa violência ainda maior e que se transforme também numa ausência de liberdade religiosa também aqui na Europa".
Deste modo, os dados apresentados "apontam que é necessário que as autoridades de cada país olhem para estas novas comunidades que chegam e tentar integrá-las, tentar que não haja esta agressão contínua ao espaço que já existia, ao espaço que já estava, portanto, chegar e não respeitar a cultura local".
Notícia editada às 00h03 de dia 8 de janeiro
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