De acordo com o Público, a informação sobre a existência desta investigação surge no despacho em que se acusa o padre Filipe Martins, um dos três visados, de perseguir seis funcionários do Colégio das Caldinhas, em Santo Tirso. Ou seja, existem dois processos em causa.
Quanto a este segundo caso, em causa está uma denúncia feita em 2019 pelo antigo diretor financeiro do Instituto de Formação Artística do Vale do Ave (Inforartis), dona do Centro de Cultura Musical, o único conservatório de música privado no Norte, com sede no Colégio das Caldinhas, em Santo Tirso.
"Para alegadamente se apoderarem do controlo das contas do Inforartis, Filipe Martins e outro padre, diretor daquele instituto, ter-se-ão dirigido a dois bancos pedindo que estes suspendessem o acesso online às contas por parte do diretor financeiro, alegando que este estava suspenso de funções, o que não era verdade naquele momento. Além disto, queriam os acessos para passarem a ser os responsáveis pela movimentação daquelas contas, o que conseguiram", escreve o Público. Com isto, seria desviado um total de mais de dois milhões de euros.
Ao jornal, a Companhia de Jesus afirma que "todas as queixas e acusações apresentadas, e que agora são alvo de mais uma notícia do Público, devem ser lidas num contexto de resistência laboral que se viveu no Colégio [das Caldinhas] no passado, e que tem vindo a ser resolvido e ultrapassado".
Assim, os jesuítas admitem saber que três padres da ordem são suspeitos de de abuso de confiança. "[Aguardamos] que essa investigação chegue ao fim e que seja tomada decisão por parte do Ministério Público que acreditamos que será no sentido do seu arquivamento", referem, mantendo a confiança nos sacerdotes.
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