As detenções foram feitas durante o fim de semana, em investigações distintas, a primeira delas por “suspeita de que um casal residente na cidade se dedicava” ao tráfico de droga, confirmada pela posse e apreensão “na sua residência de diverso material ilícito”, refere a PSP.
Entre o material apreendido na busca domiciliária estão “584 doses de cocaína, uma pistola individual de calibre 6.35 milímetros, 12 munições, um bastão extensível, cerca de 2.250 euros, 47 doses de heroína, 3,22 gramas de MDMA” e objetos relacionados com o tráfico de estupefacientes.
Foram também encontrados “vários aparelhos eletrónicos”, como televisores LCD, ‘tablets’ e telemóveis”, com o Comando de Faro da PSP a pedir às “eventuais vítimas de furtos recentes deste tipo de artigos - e que não tenham formalizado qualquer denúncia” até ao momento - para irem à esquadra de Faro tentar “identificar/reconhecer e comprovar a legítima propriedade” desses artigos.
Já a detenção em Espanha foi feita após a PSP de Portimão ter identificado “um grupo de carteiristas composto por indivíduos estrangeiros que vinham desenvolvendo a sua atividade criminosa há pelo menos 18 meses, em diferentes pontos do território nacional, com especial incidência no Algarve”, informa a força de segurança.
“A atuação deste grupo consistia na aproximação às vítimas de forma discreta no momento que as mesmas inseriam o PIN do cartão bancário para efetuar o pagamento das compras em grandes superfícies comerciais. Obtida essa informação, as vítimas, na sua maioria cidadãos estrangeiros de idade mais avançada, eram alvo do furto cirúrgico unicamente do cartão bancário cujo grupo acabara de visualizar o PIN, enquanto aquelas arrumavam as compras nas suas viaturas”, adianta a PSP.
A mesma fonte precisou que o grupo iniciava depois os levantamentos de dinheiro e fazia compras com os cartões furtados, tendo prejudicado as vítimas em “centenas e, em alguns dos casos, na ordem dos milhares de euros”.
A PSP acredita que o grupo investigado atuava no Algarve e noutras zonas do país e, ainda, no sul de Espanha, “onde estava fixado”, mas deslocava-se “apenas para o território nacional por curtos períodos para a prática delituosa, sempre com especiais cuidados com vista a evitar a sua deteção pelas autoridades”, salienta.
A PSP acrescenta ter reunido provas para relacionar este grupo a “mais de duas dezenas de furtos” e pedir mandados de detenção ao Departamento de Investigação e Ação Penal de Portimão, para conseguir deter o líder do grupo e apresentá-lo a primeiro interrogatório judicial.
O suspeito, de 55 anos e com “um longo histórico criminal”, acabou por ser “agora detido em Espanha através de mandado de detenção europeu” e foi “extraditado para o território português no âmbito desta investigação”, tendo-lhe sido decretada prisão preventiva.
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