De acordo com o comunicado da PJ, a detenção aconteceu a 28 de outubro, em Moscavide, concelho de Loures, distrito de Lisboa, tendo sido detidos quatro homens e duas mulheres, cidadãos portugueses e estrangeiros com idades entre os 23 e os 34 anos e com antecedentes criminais, por sequestro agravado e coação de uma mulher de 30 anos.
A mulher em causa era uma “mula de dinheiro”, a cuja conta bancária e quantia monetária transferida os suspeitos tiveram dificuldade em aceder, motivando os crimes de sequestro e coação, explicou à Lusa fonte policial.
A 28 de outubro “a mulher foi coagida a acompanhar o referido grupo de suspeitos, a uma agência bancária, para proceder ao levantamento de uma quantia de vários milhares de euros, previamente transferida para a conta bancária desta”, explica o comunicado.
No entanto, já tinha havido um sequestro na madrugada de 25 de outubro, da mesma mulher e do seu companheiro, num apartamento em Lisboa, tendo as vítimas conseguido libertar-se, já depois de os suspeitos se terem apoderado de informação e documentos que entenderam suficientes para aceder à conta bancária e recuperar o dinheiro depois de ameaças à família do casal sequestrado, explicou a fonte policial.
Depois de se terem libertado, as vítimas dirigiram-se à PJ para apresentar queixa, iniciando-se a investigação para identificar e localizar os suspeitos.
As vítimas não conseguiram identificar com precisão os suspeitos nem o local onde tinham estado sequestradas, sendo que a mulher apenas conhecia um dos suspeitos, não sabendo sequer o seu nome verdadeiro, o que não permitiu a imediata detenção dos suspeitos.
A detenção acabou por acontecer a 28 de outubro, quando a mulher foi coagida pelo grupo de suspeitos a dirigir-se a uma agência bancária, depois de ameaçada para esse efeito.
“Alertada para esta nova situação de sequestro, a Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT), com a colaboração da Polícia de Segurança Pública, fez deslocar um dispositivo policial, procedendo à detenção de todos os arguidos”, refere o comunicado da PJ.
Segundo explicou a fonte policial, foi a primeira vez que a mulher de 30 anos prestou serviços como “mula de dinheiro”, tendo sido contactada por um dos suspeitos para emprestar a sua conta bancária para receber uma transferência de uma “pessoa amiga” do suspeito.
A mesma fonte adiantou que prosseguem investigações, acreditando tratar-se de uma rede organizada que envolverá mais pessoas que utilizam este tipo de esquema criminoso para branqueamento de capitais provenientes de outros crimes, como tráfico de droga.
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