A juíza Sofia Marinho Pires marcou a leitura da sentença do julgamento sumário para as 15:30 no Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça, no Parque das Nações.
Nas alegações finais, que decorreram na sexta-feira, 1 de março, a procuradora-adjunta do Ministério Público (MP) Maria Leonor Cardiga defendeu que os arguidos sejam condenados a penas de prisão, suspensas na sua execução por igual período, ou a penas de multa.
Vasco Seabra Barreira, advogado dos quatro jovens, pediu, por seu lado, a absolvição dos seus constituintes de todos os crimes pelos quais estão acusados.
Bruno Andrade, José Júnior, Teodoro Ferreira e Bruno Fonseca, de 29, 22, 26 e 31 anos, estão acusados pelo MP de ofensas à integridade física qualificada, de injúria agravada, de dano e de participação em motim.
O MP acusa os arguidos do arremesso de pedras e de injúrias sobre polícias, quando desciam a Avenida da Liberdade, durante a manifestação de 21 de janeiro.
Na origem desta manifestação "contra o racismo" estiveram os acontecimentos ocorridos na manhã do dia anterior, quando a polícia foi alertada para “uma desordem entre duas mulheres” e deslocou para o Bairro de Vale de Chícharos (conhecido por Jamaica), no concelho do Seixal, uma equipa de intervenção rápida da PSP de Setúbal.
Nessa manhã de domingo, 20 de janeiro, um grupo de homens reagiu à intervenção dos agentes da PSP quando estes chegaram ao local, atirando pedras, segundo a polícia.
Nas redes sociais foram colocados vídeos a circular em que são visíveis confrontos entre agentes policiais e moradores do Bairro da Jamaica.
O Ministério Público e a PSP têm inquéritos a decorrer sobre estes incidentes ocorridos em 20 de janeiro entre a PSP e residentes neste bairro.
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