O Dia Mundial do Ambiente, que hoje se assinala, alerta para a necessidade de recuperação de áreas degradadas, quando se assinala também o lançamento da Década das Nações Unidas do Restauro de Ecossistemas.
Em comunicado, a Quercus explica que o projeto de restauro contempla uma área de grande expansão de eucalipto, que pertence à Escola Profissional Agrícola de Marco da Canaveses (escola pública), com uma área de floresta de cerca de 60 hectares, a maior parte deles vítimas de incêndios nos últimos 20 anos.
De acordo com a Quercus, a Escola não tem interesse na monocultura de eucaliptal, mas precisa de apoio para recuperar as áreas com floresta autóctone diversa.
O projeto, que tem o apoio da empresa de equipamento informático HP, tem por base a plantação diversificada de espécies florestais nativas, “respeitando o mosaico da paisagem e protegendo as espécies endémicas ameaçadas, a regeneração natural e a escolha das espécies mais indicadas para as condições edafoclimáticas (solo e clima) do local”, refere a associação.
Os trabalhos de recuperação começaram em dois hectares com a plantação de 1.100 árvores e arbustos, entre elas medronheiro, bétula, carvalho-português ou sobreiro.
A zona intervencionada será “uma sala de aulas e laboratório” para os alunos da Escola Agrícola e de outras escolas, que irão acompanhar e cuidar do bosque, diz-se no comunicado.
Uma floresta assim, salienta a Quercus, confere à região “altos índices de biodiversidade e de produção de serviços de ecossistema, como a criação de solo e combate à desertificação, regulação dos ciclos da água e do carbono”, além de maior resistência a pragas e incêndios.
“Estas iniciativas de restauro de ecossistemas são extremamente importantes para a melhoria do Ambiente, para o combate às alterações climáticas, para a conservação da natureza e para o desenvolvimento sustentável (ambiental, económico e social) do nosso território e da Humanidade”, salienta a Quercus.
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