Quando se tornou presidente dos Estados Unidos, a 20 de janeiro de 2017, uma das primeiras decisões de Donald Trump passou por convidar a sua filha Ivanka e o genro, Jared Kushner, para a Casa Branca.

Se o genro ocupou o cargo de “assessor sénior do presidente” durante os últimos quatro anos, já a filha assumiu a posição de “conselheira do presidente”, em temas como a “educação e capacitação económica das mulheres e das suas famílias, bem como na criação de emprego e crescimento económico através do desenvolvimento da força de trabalho, formação de competências e empreendedorismo”.

Tendo ambos aceitado o convite, tanto Kushner como Ivanka tiveram de abandonar as funções prévias que detinham. Se o primeiro era, até então, investidor imobiliário e proprietário do jornal “Observer”, Ivanka, lembra o The Guardian, “supervisionou o desenvolvimento e aquisições” para a empresa imobiliária do pai, a "Trump Organization", chegou a ter a sua própria marca de roupa – que encerrou em julho de 2018, pouco depois de ter sido abandonada pelas lojas Neiman Marcus e Nordstrom devido aos maus resultados de vendas – , e foi jurada na direção do reality show "The Apprentice".

Respondendo à questão “o que vai Ivanka fazer a seguir”, a publicação refere que talvez o futuro passe por um regresso à televisão. O Guardian cita a revista “OK!”, que terá assegurado que a família Trump já tinha recebido “muitas ofertas de reality shows”, mesmo antes de a votação das eleições ter terminado, e que Ivanka era especialmente procurada, referindo até propostas do programa "Dancing With the Stars" ("Dança com as Estrelas").

As recentes declarações de Ivanka Trump, porém, apontam para um interesse em continuar ligada à esfera pública e política. Outra alternativa, que tem sido especulada, passa por uma eventual candidatura à presidência, caso o seu pai não o faça. Recentemente, numa entrevista com a RealClearPolitics, ter-se-á identificado como uma "Trump-Republicana", explicando que considera que a política é sobre pessoas e não partidos.

No entanto, caso a sua ideia para o futuro passe realmente pela política, poderá não contar o apoio dos eleitores. Segundo o britânico Independent, nem os eleitores que votaram em Trump querem que Ivanka ou qualquer outro dos seus filhos se candidatem à presidência.

Porém, uma eventual candidatura tem sido apontada também a Donald Trump Jr, que, quando viu um póster no Nevada que dizia "Don Jr 2024", publicou a imagem na rede social Instagram, com a mensagem: "A quem quer que o tenha feito, obrigado pelo elogio... mas vamos passar o ano 2020 com uma grande vitória primeiro!!!!".

"Se Trump não for reeleito a 3 de novembro, penso que não será o fim do Trumpismo", declarou Rob Goldstone, um diretor de relações públicas que trabalhou com a família, ao mesmo jornal. "Penso que vamos ver Don Jr. entrar na política”, acrescentou.

Quanto a um eventual regresso de Ivanka à Trump Organization, este pode ser bastante complicado. Neste momento, os procuradores de Manhattan, em Nova Iorque, continuam uma "investigação financeira complexa" sobre uma potencial "conduta criminosa extensa e prolongada na Organização Trump" e a Procuradoria-Geral do Estado de Nova Iorque está também a investigar as suspeitas de que a empresa possa ter inflacionado ativos, como a propriedade de Seven Springs.

Independentemente do futuro que aguarda a família Trump, as decisões no clã não se saberão assim tão cedo. Não só Donald Trump mantém a estratégia de contestar os resultados das eleições que deram a vitória ao seu rival democrata, Joe Biden, como presidente pelo menos continuará na Casa Branca até 20 de janeiro, data em que finda o seu mandato.

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