Criado pela ONU e escolhido o 8 de junho para assinalar a conferência da ONU sobre ambiente que decorreu no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992 (Conferência do Rio), a data é hoje assinalada com colóquios e conferências, um pouco por todo o mundo.
Em Portugal, divulgada pela internet, decorre uma palestra organizada pelo Centro de Comunicação dos Oceanos, com o apoio da UNESCO e da Comissão Oceanográfica Intergovernamental.
A propósito da efeméride a associação ambientalista ANP/WWF e a Fundação Oceano Azul emitiram uma declaração conjunta na qual defendem que os oceanos devem ser considerados na recuperação económica após a pandemia de covid-19, destacando que essa recuperação deve ter em conta a proteção e recuperação da vida marinha, a transição para uma economia circular e sustentável, e um reforço do papel de liderança de Portugal na agenda internacional dos oceanos.
As duas entidades, salientam na declaração conjunta que Portugal tem de olhar para o oceano além de documentos estratégicos e discursos, “incluindo-o nas suas opções político-económicas, nomeadamente no plano de relançamento da economia portuguesa”.
Em entrevista à Agência Lusa, o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, assegurou que a agenda da descarbonização, a recuperação de ecossistemas, como as pradarias marinhas, ou os planos em curso sobre áreas marinhas protegidas vão manter-se, apesar da crise provocada pela covid-19.
E disse que ainda este ano vão aumentar para o dobro as áreas marinhas protegidas em Portugal.
O aumento das áreas marinhas protegidas já tinha de resto sido pedido pela associação ambientalista Zero, num comunicado a propósito da efeméride, no qual considera ainda como prioridade para a sustentabilidade dos oceanos a redução do plástico e uma melhor escolha no peixe consumido.
“Os oceanos enfrentam uma ameaça enorme e crescente pelas mais de oito mil milhões de toneladas de plástico que chegam ao meio marinho a partir de fontes terrestres todos os anos. Tal equivale a despejar um camião de lixo cheio de plástico nos oceanos a cada minuto”, lembra a associação.
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