Com praticamente todos os boletins contabilizados, Biden vai à frente por 12.651 votos, tendo obtido 49,50% da preferência do eleitorado, contra 49,25% de Trump.
A diferença é inferior a 0,5%, o que permite o pedido de recontagem, de acordo com a legislação eleitoral do estado.
A campanha de Donald Trump pediu que os quase cinco milhões de boletins de voto sejam todos recontados à mão, algo que não está posto de parte – apesar de as declarações iniciais dos responsáveis terem apontado para uma recontagem feita através de ‘scanners’ de alta velocidade.
O secretário de Estado da Geórgia, o republicano Brad Raffensperger, anunciou que iria ser feita uma recontagem antes mesmo de Joe Biden ter sido dado como vencedor das eleições presidenciais.
A vitória de Biden não dependeu da Geórgia, tendo sido alcançada quando lhe foi atribuída a conquista da Pensilvânia.
No entanto, a campanha do presidente Donald Trump contesta o resultado em várias frentes, alegando fraudes nestes dois estados, que conquistara há quatro anos.
A última vez que a Geórgia foi atribuída a um democrata nas presidenciais foi em 1992, com Bill Clinton.
Segundo as leis eleitorais do estado, os condados têm de apurar e certificar os seus resultados até esta sexta-feira, 13 de novembro.
De seguida, o secretário de Estado tem até 20 de novembro para certificar o total apurado.
A recontagem pode então ser pedida, por escrito, até dois dias depois da certificação inicial.
Segundo o USA Today, o diretor de implementação do sistema de voto na Geórgia, Gabriel Sterling, explicou que a recontagem poderá só estar terminada no final de novembro.
A campanha de Donald Trump pediu, entretanto, a um tribunal na Geórgia para invalidar votos por correspondência que alegou terem chegado depois do prazo, 19:00 de 3 de novembro.
O tribunal negou o pedido, citando falta de provas de que alguma ilegalidade tenha ocorrido.
De acordo com os dados da Associated Press, de 31 recontagens estaduais que aconteceram nos Estados Unidos desde 2000, apenas três resultados foram alterados em virtude da recontagem de votos. Em todas essas corridas, a diferença entre candidatos era inferior a 300 votos.
A Geórgia é importante não apenas nas aspirações que Trump ainda mantém de reverter o resultado da eleição, recorrendo aos tribunais, mas também para determinar o controlo do Senado.
As duas corridas ao Senado pela Geórgia não determinaram vencedores a 3 de novembro porque nenhum dos candidatos atingiu os 50% de voto que é preciso obter para vencer.
Essas corridas vão ser determinadas numa segunda volta, a 5 de janeiro.
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