“Não será pela IL que a Madeira não terá uma solução de estabilidade governativa para os próximos tempos”, declarou Rui Rocha em declarações aos jornalistas na Madeira.
Rocha defendeu que a “IL é o adulto na sala e o adulto na sala está com todo o empenho, com toda a disponibilidade, para que se forme uma solução de estabilidade para a Madeira”.
“Estamos com total disponibilidade para nos sentarmos, para discutirmos, para chegarmos a uma solução de estabilidade da Madeira, obviamente defendendo aquilo que são também os princípios da IL e não prescindindo dos pontos essenciais da nossa proposta política”, afirmou.
Questionado se está a falar de uma estabilidade governativa ou parlamentar, Rui Rocha respondeu que o seu partido precisa de saber “o que é que está sobre a mesa” e quais são as propostas que o PSD/CDS irão apresentar.
“Do nosso lado, há uma enorme vantagem, que é sermos sempre muito claros naquilo que apresentamos, mas estamos disponíveis para conversar. (…) Estamos disponíveis para assegurar que a Madeira tem uma gestão, nos próximos tempos, de estabilidade”, reforçou.
Interrogado se a IL vai integrar o futuro governo regional, Rui Rocha respondeu: “Nós não estamos, nem aqui nem em nenhum outro lado, à procura de cargos políticos”.
“Não é isso que nos move. O que nos move são as soluções, as propostas, é, neste caso, o futuro dos madeirenses. Não sabemos, nem queremos saber, de cargos políticos”, afirmou.
Rui Rocha vincou que a saber se a IL integra ou não o Governo regional é a “menor das preocupações”, reforçando que o que o partido quer saber é quais são as propostas do PSD/CDS.
Numa alusão à postura do Chega - que rejeitou hoje qualquer acordo com o PSD/CDS na Madeira -, o líder da IL considerou que as eleições desta noite “marcam um novo ciclo para política nacional”.
“Ficou muito claro, a partir de hoje, quem é que faz parte das soluções e quem é que é que está completamente fora das soluções, quem existe apenas para fazer barulho e para impedir que as soluções se formem. Não é o caso da IL, cá estamos para as soluções”, sustentou.
Questionado se espera uma chamada de Miguel Albuquerque, Rui Rocha respondeu que “não há nenhuma razão” para o presidente do Governo regional da Madeira lhe ligar.
“Esse tipo de relação tem de ser estabelecido agora entre Miguel Albuquerque [e o deputado eleito pela IL] Nuno Morna”, disse.
Nuno Morna: “A nossa coligação é com os madeirenses e assim será, mas também não rejeitamos o papel de ser o adulto na sala"
Nuno Morna, o primeiro e único deputado da Iniciativa Liberal eleito para a Assembleia Legislativa da Madeira, recusou hoje integrar um governo regional, mas mostrou-se disponível para conversar “com quem for” que aceite condições dos liberais.
“A nossa coligação é com os madeirenses e assim será, mas também não rejeitamos o papel de ser o adulto na sala. Não rejeitamos conversar com quem for e as nossas portas estarão sempre abertas para isso”, disse o cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL), em discurso na sede de campanha do partido no Funchal.
Apesar de ser o único deputado liberal eleito, Nuno Morna poderá desempenhar um papel de relevo, uma vez que, a coligação PSD/CDS-PP venceu as eleições legislativas regionais da Madeira, mas falhou por um deputado a maioria absoluta.
Não faremos parte de nenhum executivo regional”, clarificou Nuno Morna em resposta aos jornalistas, sem fechar a porta ao apoio a “tudo o que tiver a ver com o supremo interesse dos madeirenses (…) passo a passo, medida a medida, orçamento a orçamento”.
A IL vai estrear-se na Assembleia Legislativa da Madeira na próxima legislatura, depois de hoje ter conseguido eleger o seu primeiro e único deputado, sendo a sexta força política mais votada. A IL concorreu pela primeira vez às regionais da Madeira em 2019, conseguindo 762 votos (0,54%), sem mandatos.
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