De acordo com Rui Santos Pereira, comandante do Instituto de Socorros a Náufragos, “há a lamentar 14 acidentes mortais, dos quais oito em praias vigiadas, sendo na sua maioria por doença súbita (sete) e uma por afogamento fora da época balnear, às oito da manhã”.
Segundo Santos Pereira, registou-se também uma morte por doença súbita numa praia não vigiada, duas mortes por afogamento em praias marítimas, fora da época balnear, e três em zonas marítimas (praias fluviais): duas por doença súbita e uma por afogamento.
Durante a apresentação do balanço da época balnear, que decorreu na Academia da Marinha, em Lisboa, o diretor-geral da Autoridade Marítima e Comandante-geral da Polícia Marítima, vice-almirante António Coelho Cândido, fez um “balanço positivo” das ações, lamentando, no entanto, “as mortes registadas”.
“Há a lamentar algumas mortes, nunca poderemos estar satisfeitos e poderemos melhorar a resposta à segurança nas nossas praias”, frisou, considerando que a experiência do ano anterior, durante a pandemia, permitiu “uma preparação mais eficaz”, lembrando, igualmente, os vários projetos implementados e as campanhas de divulgação na comunicação social.
A época balnear de 2021 decorreu entre 15 de maio e 31 de outubro, embora não tenha sido igual em todas as praias.
Esteve envolvido na época balnear, em ações de sensibilização e vigilância apeada nas praias, um dispositivo composto por 679 elementos: 452 da Polícia Marítima, 121 tripulantes das Estações Salva-vidas e 106 militares da Marinha em reforço na Autoridade Marítima Nacional.
Houve ainda um dispositivo de reforço vocacionado para praias não vigiadas em permanência feito através de 29 viaturas ‘Amarok’, sete motas 4x4, uma mota de salvamento marítima e 66 militares da Marinha.
Este ano foram certificados 7.300 nadadores-salvadores, que viram prorrogada a validade do seu certificado até final de 31 de dezembro de 2021, havendo no início de 2021 6.202 certificados e mais 1.063 até final de julho.
Rui Santos Pereira lembrou também a iniciativa 'Surf Rescue', que pretende dotar formadores de 'surf' com as técnicas de suporte de vida, tendo em 2020 sido formados 86 surfistas e, até ao momento, este ano, estão já formados 76, sendo que ainda não terminaram as ações.
De acordo com os dados apresentados durante a conferência de imprensa, as viaturas ‘Amarok’ patrulharam 372.182 quilómetros, estiveram envolvidas em 124 salvamentos e 443 ações de primeiros socorros.
Já as motos 4x4 patrulharam 25.428 quilómetros, tendo estado envolvidas em 13 salvamentos e 50 ações de primeiros socorros.
Comentários