“Todas estas ações constituem um uso desproporcional da força”, declarou hoje o chefe de Estado turco aos jornalistas, após a oração de sexta-feira.
“Os Estados Unidos e Israel estão a usar a mesma força desproporcional contra os palestinianos e os britânicos estão a seguir os passos dos Estados Unidos. Estão a tentar criar um banho de sangue no Mar Vermelho”, acrescentou Erdogan.
Desde o início do conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, em 7 de outubro, Erdogan tem sido um dos críticos mais virulentos dos israelitas e do apoio dos Estados Unidos ao Estado hebraico.
Hoje, o Hamas ameaçou que os ataques dos Estados Unidos e do Reino Unido contra os rebeldes Houthis no Iémen terão repercussões na segurança regional.
Os rebeldes Houthis do Iémen, apoiados pelo Irão, anunciaram hoje que cinco combatentes foram mortos e seis ficaram feridos após os bombardeamentos dos Estados Unidos e do Reino Unido, em resposta aos ataques dos rebeldes iemenitas a navios no Mar Vermelho.
O porta-voz militar dos Houthis, Yahya Sarea, disse numa declaração transmitida pela televisão, em Sana, que os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram um total de 73 ataques contra várias províncias controladas pelos Houthis no Iémen, que mataram cinco membros e feriram outros seis.
O comando da Força Aérea dos Estados Unidos no Médio Oriente disse ter atingido mais de 60 alvos em 16 locais no Iémen, incluindo “bases de comando e controlo, depósitos de munições, sistemas de lançamento, instalações de produção e sistemas de radar de defesa aérea”.
Os ataques aéreos atingiram a capital do Iémen, Sana, e outras cidades controladas pelos rebeldes xiitas apoiados pelo Irão, como Hodeida e Saada, disse hoje o canal de televisão Houthi Al-Massirah.
Entretanto, numa declaração conjunta, os dez países envolvidos na operação (Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Bahrein, Canadá, Países Baixos, Dinamarca, Alemanha, Nova Zelândia e Coreia do Sul) observaram que o objetivo continua a ser “reduzir as tensões e restaurar a estabilidade no Mar Vermelho”.
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