Depois de a 26 de janeiro a escola ter sido encerrada por uns dias, pelo diretor - devido ao seu estado de degradação, que poderia por em causa a segurança de alunos, professores e funcionários, e de ter sido determinada a deslocação das turmas do 7.º e 8.º anos para outra escola do mesmo agrupamento - a Alexandre Herculano abre portas em 13 de setembro para algumas turmas já com a conclusão das obras prioritárias, designadamente na “cobertura e a colocação de vidros que estavam partidos”.
“A escola já reúne as condições de segurança e conforto mínimo para desenvolver atividades”, depois da intervenção realizada entre abril e junho, garantiu o diretor, Manuel Lima.
Segundo o responsável, o regresso dos alunos dos 7.º e 8.º anos de escolaridade àquele edifício classificado como imóvel de interesse público e projetado pelo arquiteto Marques da Silva (1869-1947) apenas deverá ocorrer no arranque do ano letivo 2019/2020.
Até lá, disse, decorrerão as obras de requalificação do edifício, que se estima que comecem em 2018, após o lançamento de um concurso internacional, o “que deve acontecer este ano”, e que implicará o fecho total do estabelecimento.
Manuel Lima referiu que tem havido “com regularidade reuniões com a Parque Escolar” no sentido de rever o projeto de requalificação do edifício para o lançamento do concurso.
Para o arranque deste ano letivo 2017/2018, a direção da Alexandre Herculano tem agora como prioridade “alocar os professores” a um só estabelecimento de ensino, para tentar evitar que se tenham de deslocar às escolas Pires de Lima ou à Ramalho Ortigão, que fazem parte do mesmo agrupamento.
“Tenho a expectativa que seja um ano letivo normal”, disse, acrescentando que o facto de a comunidade escolar ter já “percebido que a intervenção vai ser uma realidade”.
O Jornal de Notícias noticiou há 10 dias que, de acordo com informação do gabinete de Comunicação da Câmara do Porto, “o projeto de requalificação [da Alexandre Herculano] está a ser reformulado, a pedido do Ministério da Educação, pelos arquitetos Alexandre Alves Costa e Sérgio Fernandes, de forma a ter cabimento dentro dos sete milhões de euros acordados”.
O equipamento educativo é responsabilidade do Ministério da Educação e, numa listagem de 2011 da Parque Escolar, consta como “pendente” obras na Alexandre Herculano com um valor estimado em 15,8 milhões de euros.
A 31 de janeiro o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, revelou ter alertado o Governo há quase um ano para o facto de não ter assinado compromissos sobre a reabilitação da escola no âmbito de fundos comunitários, e criticou não ser feita qualquer manutenção durante anos.
Foi então feito em maio um protocolo entre autarquia e Ministério, no qual ficou decidido que a obra vai avançar, com um custo bastante inferior, cabendo à Câmara apenas 15% da verba.
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