“O procedimento de paragem foi acionado devido a anomalias numa válvula que regula o sistema de abastecimento de água”, indicou o operador da central nuclear de Krsko, em comunicado.
O incidente de hoje surge três meses depois de uma paragem para trabalhos de manutenção já previstos.
O reator de 700 megawatts – da companhia norte-americana Westinghouse – instalado em Krsko foi construído na antiga Jugoslávia e entrou ao serviço em 1983.
Apesar de estar localizada na Eslovénia, a central tem sido gerida de forma conjunta com a vizinha Croácia desde a fragmentação da Jugoslávia.
Tal como a central de Krsko, a central nuclear espanhola de Almaraz (a 100 quilómetros da fronteira portuguesa) está equipada com reatores da Westinghouse construídos na mesma altura.
A primeira unidade de Almaraz entrou em funcionamento em 1980 e a segunda em 1983, o mesmo ano da central de Krsko.
O encerramento da central na Eslovénia estava previsto para 2023, mas há dois anos Ljubljana e Zagreb decidiram alargar o período de atividade dos reatores por outros 20 anos.
O novo incidente na central de Krsko acontece quase uma década depois de uma fuga de água usada para o arrefecimento dos reatores (água essa que é altamente radioativa uma vez que está em contacto com o núcleo do reator, onde se produz a fissão atómica) na mesma central.
Na altura, foi lançado um alerta generalizado a toda a Europa, o primeiro desde a catástrofe de Chernobyl em 1986.
Várias organizações não-governamentais (ONG), incluindo a Greenpeace, exigem o desmantelamento da central, que fica a apenas 25 quilómetros de Zagreb, não só por causa da sua idade, mas também devido ao risco sísmico da região.
A central nuclear de Krsko fornece cerca de 20% da eletricidade da Eslovénia e 15% das necessidades da Croácia.
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