A primeira sessão plenária deste ciclo institucional, com a constituição da nova assembleia europeia, arranca pelas 10:00 (hora local, menos uma hora em Lisboa), na qual tomam posse os novos eurodeputados — incluindo 21 portugueses — no seguimento das eleições europeias de junho passado.
Na sequência do sufrágio e das recentes alterações partidárias no Parlamento Europeu, o Partido Popular Europeu (PPE) é o que dispõe de mais lugares (188), seguido pelos Socialistas (136) e pela nova família política de extrema-direita Patriotas pela Europa (84).
De acordo com a mais recente distribuição da assembleia europeia, os Conservadores e Reformistas ocupam 78 assentos, os Liberais um total de 77, sendo seguidos pelos Verdes (53) e pela Esquerda (46).
Após este arranque, os parlamentares vão escolher o novo líder da assembleia europeia para um período de dois anos e meio (primeira metade do mandato).
O nome mais provável é o da maltesa Roberta Metsola (do PPE), a única candidata conhecida até ao momento e que se tornou presidente do Parlamento Europeu em janeiro de 2022, esperando agora ser reeleita no cargo numa votação secreta que requer a maioria absoluta dos votos válidos expressos, isto é, 50% dos eurodeputados mais um (361 dos 720 parlamentares).
Os Tratados da União Europeia (UE) ditam que o presidente do Parlamento Europeu dispõe de “todos os poderes necessários para presidir aos trabalhos do Parlamento e para assegurar que estes são devidamente conduzidos”.
A marcar presença em Estrasburgo estará o ex-primeiro-ministro português António Costa que foi no final de junho eleito pelos chefes de Estado e de Governo da UE presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio, que começa a 01 de dezembro de 2024.
António Costa participará na reunião do grupo dos Socialistas e Democratas, que decorre hoje ao final do dia, segundo fonte partidária.
Fonte do Parlamento Europeu indicou à agência Lusa que o presidente eleito do Conselho Europeu se deverá também encontrar com Roberta Metsola, devendo ambos prestar declarações após o encontro.
Após a sua demissão do cargo de primeiro-ministro em novembro de 2023 na sequência de investigações judiciais, António Costa foi escolhido para suceder ao belga Charles Michel (no cargo desde 2019) na liderança do Conselho Europeu, que junta os chefes de Governo e de Estado dos 27 do bloco europeu.
Será o primeiro português e o primeiro socialista à frente do Conselho Europeu.
Esta sessão plenária, que termina na sexta-feira, vai ficar também marcada pela votação, na quinta-feira, sobre um segundo mandato de Ursula von der Leyen à frente da Comissão Europeia, ainda não garantido.
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