O voto de condenação, apresentado pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, foi aprovado por unanimidade.
Este atentado, lê-se no texto, convoca todos “uma vez mais para a necessidade de uma reflexão sobre a forma de responder, a uma só voz, às múltiplas causas dos extremismos”, ou seja, causas “de ordem política, económica, social ou religiosa”.
O parlamento alertou ainda “para a importância da unidade europeia na defesa e na afirmação dos valores da liberdade e da democracia”.
Por fim, os deputados portugueses expressaram a sua “mais veemente condenação pelo atentado”, manifestaram o pesar ás famílias das vítimas e ao povo francês, cumprindo um minuto de silêncio.
O ataque num mercado de Natal em Estrasburgo, na terça-feira, causou três mortos e 13 feridos, segundo um novo balanço revisto em alta após a morte de um dos feridos, anunciou hoje a prefeitura de Bas-Rhin.
O presumível autor do ataque foi identificado como Chérif Chekatt, nascido em Estrasburgo, em 1989, e tinha sido referenciado pelos serviços de informações franceses em 2016, depois de ter passado pela cadeia entre 2013 e 2015
De acordo com o procurador que lidera a investigação, o agressor, classificado como "S" (para Segurança de Estado) por radicalização islâmica, disparou, pouco antes das 20:00 (menos uma hora em Lisboa) de terça-feira, em três pontos do centro histórico de Estrasburgo, no perímetro de um mercado de Natal.
As forças de segurança montaram uma operação de caça ao homem, envolvendo mais de 700 elementos, para tentar deter o autor do ataque, que ficou ferido numa troca de tiros com um soldado antes de abandonar o local.
O Governo francês elevou o nível de alerta no país para “emergência por atentado”, com um reforço de controlo nas fronteiras, aumento de segurança nos mercados de Natal e mobilização de meios envolvidos no dispositivo antiterrorismo.
A cidade de Estrasburgo, localizada no nordeste da França, junto à fronteira com a Alemanha, acolhe a sede do Parlamento Europeu, recebendo sessões plenárias uma vez por mês.
Na sessão de hoje, os deputados votaram ainda dois votos de saudação pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, um do Bloco de Esquerda e outro do PSD, PS e CDS.
O texto dos bloquistas, aprovado com a abstenção do CDS, afirma “o compromisso com o integral cumprimento” da convenção, assinada por Portugal há 12 anos, “bem como a necessidade de uma estratégia de ação que permita o pleno exercício de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência”.
Já o outro voto, aprovado por unanimidade, é mais curto nas suas conclusões, assinala “a aprovação da Convenção sobre os direitos das Pessoas com Deficiência” e “saúda todos os que no dia-a-dia ajudam a garantir o respeito dos seus direitos”.
Por unanimidade foi também aprovada a resolução que autoriza o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a ausentar-se do país para assistir à posse do novo Chefe do Estado do Brasil, Jair Bolsonaro, em 01 de janeiro de 2019.
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