Em declarações à agência Lusa, a presidente da Associação Académica da Universidade de Évora (AAUE), Ana Rita Silva, indicou que a sua direção decidiu colocar o tema na ordem de trabalhos da reunião para lançar a discussão sobre o assunto.
"Nos últimos anos, a adesão à garraiada da Queima das Fitas tem sido cada vez menor e começa a tornar-se um evento dispendioso e, depois, temos recebido, todos os anos, mensagens contra a sua realização", afirmou.
Ana Rita Silva referiu que a AAUE quis aproveitar o facto de a realização da garraiada ter sido colocada na agenda na Universidade de Coimbra para levantar a mesma questão aos estudantes da academia alentejana.
"Se decidirem que querem um referendo, faz-se um referendo. Se decidirem que não querem um referendo e que é para se continuar a fazer a garraiada, a associação académica organizará a mesma e arranjará forma de a tornar rentável", vincou.
A presidente da AAUE realçou que a assembleia magna "não será um momento de debate" sobre a garraiada, mas sim sobre a realização do referendo, sublinhando que, se os alunos se decidirem por um referendo, será organizado um debate sobre o tema.
A direção da AAUE está dividida sobre o assunto porque é "uma equipa bastante grande e cada um tem a sua opinião", admitiu, frisando que a associação académica "não assume qualquer posição nem a favor nem contra".
A garraiada da Queima das Fitas realizava-se, habitualmente, no parque de estacionamento do Colégio do Espírito Santo, o principal edifício da academia, tendo, mais recentemente, decorrido no Parque do Centro de Desenvolvimento Agropecuário de Évora (antigo IROMA).
A Queima das Fitas de Évora realiza-se este ano de 25 de maio a 02 de junho.
A Universidade de Évora tem cerca de sete mil alunos.
Os alunos da Universidade de Coimbra decidiram acabar com a garraiada na Queima das Fitas, num referendo promovido a 13 de março.
À pergunta "Deve o evento garraiada continuar no programa oficial da Queima das Fitas?", 70,7% dos estudantes que participaram no referendo responderam "Não" e 26,7% "Sim".
O Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra decidiu que a garraiada permanecia na Queima das Fitas de Coimbra, indo assim contra o resultado do referendo, mas a decisão foi considerada nula.
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