De acordo com o jornal La República, Castillo deverá comparecer em tribunal às 11:30 (17:30 em Lisboa) como suposto coautor do crime de rebelião contra a ordem constitucional e os poderes do Estado, bem como pelos crimes de abuso de poder e perturbação da ordem pública.
A audiência, que será realizada virtualmente, deverá incluir também os antigos ministros do Interior e do Comércio Externo e Turismo, Willy Huertas e Roberto Sánchez, respetivamente, bem como os antigos primeiros-ministros Aníbal Torres e Betssy Chávez.
A acusação inclui também três dirigentes da Polícia Nacional Peruana, também pelo crime de rebelião.
No dia 12 de janeiro, o Ministério Público do Peru pediu a condenação de Pedro Castillo a 34 anos de prisão devido aos acontecimentos de 07 de dezembro de 2022, quando, sob pressão do Congresso, anunciou a dissolução do parlamento e convocou uma Assembleia Constituinte.
No entanto, abandonado pelas instituições e pelo Exército, foi demitido, detido e colocado em prisão preventiva até dezembro de 2025.
Castillo sempre defendeu a sua inocência em múltiplas audiências: “Nunca peguei em armas”, repetiu, lembrando que a ordem de dissolver o parlamento não foi cumprida.
O antigo chefe de Estado alegou que foi demitido graças a uma alegada conspiração política entre os governantes eleitos de maioria de direita no parlamento e o Ministério Público, que o investigava por alegados casos de corrupção.
O político de 54 anos, um antigo professor da zona rural do Peru, foi eleito em junho de 2021 à frente de um partido de esquerda radical,
O afastamento do ex-presidente originou uma das piores crises na história do Peru, com quase 50 mortes devido à repressão policial dos protestos populares contra a detenção de Castillo e a tomada de poder por parte da até então vice-presidente, Dina Boluarte.
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