De acordo com a agência noticiosa Associated Press, a decisão foi hoje conhecida, um dia depois de o congresso do Peru ter aceitado a demissão do Presidente Pedro Pablo Kuczynski, numa sessão que abriu também caminho para a cooptação do vice-presidente Martin Vizcarra.
Pablo Kuczynski anunciou na quarta-feira, em comunicação televisiva, a demissão do cargo, referindo que a “situação de acusações de corrupção injustas é difícil”.
Kuczynski foi pressionado a resignar depois do choque provocado pela revelação na terça-feira de vídeos de curta duração, filmados secretamente, em que vários aliados do Presidente conservador são vistos alegadamente a tentarem comprar o apoio de um legislador para impedir o ‘impeachment’.
Os filmes apresentados pelo principal partido de oposição mostram alegadas tentativas do advogado de Kuczynski, um funcionário do Governo, e Kenji Fujimori, o filho do ex-homem-forte Alberto Fujimori, tentando convencer o legislador a apoiar o Presidente em troca de contratos estaduais no distrito.
Os vídeos lançaram a crise política no Peru três semanas antes do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visitar a nação sul-americana por ocasião de uma cimeira regional.
Em dezembro passado, Kenji Fujimori liderou um grupo de legisladores que desafiou a liderança de sua irmã Keiko do Partido da Força Popular para bloquear de forma restrita a destituição de Kuczynski.
Dias depois, Kuczynski perdoou Alberto Fujimori do cumprimento de uma sentença de prisão de 25 anos por abusos dos direitos humanos cometidos durante os 10 anos de mandato presidencial.
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