Segundo a edição ‘online’ do jornal The Manila Times, elementos da Cruz Vermelha das Filipinas referiram que pelo menos 25 pessoas sofreram ferimentos e que foram transportadas para vários hospitais.
Citado pelo jornal filipino, Fernando Atienza, responsável pela unidade de emergência da Cruz Vermelha das Filipinas, disse que muitas vítimas ainda estão retidas dentro da unidade hoteleira. Algumas das vítimas sofreram lesões graves porque saltaram do segundo andar do hotel.
A polícia filipina cercou hoje à noite (hora local, fim de tarde em Lisboa) o Resorts World Manila, hotel situado perto do aeroporto de Manila, devido a um tiroteio no interior daquele estabelecimento turístico, indicou a administração da empresa e noticiou a imprensa local.
O incidente ocorreu no Resorts World Manila, sendo que o complexo publicou no Twitter, que se encontra "encerrado após informações de tiroteio por desconhecidos".
Noutro tweet a unidade informa que as autoridades cercaram o local e estão a tentar garantir que todos "os hóspedes e funcionários fiquem seguros".
Uma terceira mensagem escreve, "Pedimos-vos que rezem por nós nestes tempos difíceis".
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou o ataque, segundo o SITE, um centro norte-americano que vigia as atividades dos ‘sites’ de natureza extremista na Internet.
Peritos deste centro norte-americano informaram numa mensagem na rede de 'microblogues' Twitter que um porta-voz ‘jihadista’ tinha atribuído “o ataque” aos “lobos solitários do califado”.
De acordo com a CNN, ainda não é claro quantas pessoas foram feridas ou se há vítimas mortais. Ainda segundo a cadeia televisiva norte-americana, o Diretor de Operações da polícia, Stephen Reilly, confirmou que foram "disparados tiros", mas não forneceu mais detalhes quer sobre o número de atiradores, quer sobre o incidente.
"Ainda estamos a investigar a situação. Estamos a cobrir a área o mais rapidamente possível para ter a certeza que o edifício está seguro", continuou.
Em declarações aos meios de comunicação locais, testemunhas sugeriram que a autoria do incidente não terá sido apenas de um homem armado, mas sim por dois indivíduos que vestiam roupas e máscaras pretas. Esta informação, porém, segundo a agência Reuters, ainda carece de verificação.
O incidente acontece numa altura em que se registam violentos confrontos em Mindanau, região maioritariamente muçulmana com cerca de 200 mil habitantes, entre as forças armadas filipinas e os extremistas do Estado Islâmico, do grupo Abu Sayyaf, cuja base está situada na zona sul do arquipélago. Esta situação obrigou a que o Presidente Duterte instaurasse a Lei Marcial.
A lei marcial — imposta por forças militares em caso de emergência ou de perigo quando as autoridades civis não conseguem manter a ordem e a segurança — pode, segundo o presidente filipino, estar em vigor durante um ano.
“Se levar um ano a fazê-lo [restabelecer a ordem] (…) [mas] se acabar dentro de um mês ficarei feliz”, declarou o chefe de Estado filipino num vídeo publicado pelo Governo.
Este tem sido responsável pelo rapto de centenas de filipinos e de cidadãos estrangeiros desde a década de 1990, exigindo o pagamento de elevados resgates.
Segundo os especialistas em questões de segurança, Isnilon Hapilon, líder dos Abu Sayyaf, tem procurado unificar os grupos radicais filipinos que juraram fidelidade ao EI.
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