José Veiga Maltez, presidente da Câmara Municipal da Golegã, disse hoje que as regras introduzidas este ano no certame – como a retirada de animais que apresentem sinais contrários ao seu bem-estar e a proibição de circulação a cavalo ou com carros de cavalos entre as 02:00 e as 07:00 – “foram muito bem acolhidas” no fim de semana que serviu de “aperitivo” à feira.
A decorrer até domingo nesta vila do distrito de Santarém, o certame, que alia à centenária (desde 1571) Feira de São Martinho, a 43.ª Feira Nacional do Cavalo e a 20.ª Feira Internacional do Cavalo Lusitano, atrai milhares de pessoas, muitas delas do estrangeiro, salientando Veiga Maltez a “surpresa” com o elevado número de espanhóis e franceses presentes no primeiro fim de semana do evento.
O autarca sublinhou a forma como os habitantes e detentores de segundas habitações, bem como “todos aqueles que amam os cavalos”, saudaram a interdição da circulação de cavalos ou de carros de cavalos entre as 02:00 e as 07:00, medida que visa “proteção à fadiga animal” e “evitar atitudes que ponham em causa a dignidade do importante acontecimento”.
Veiga Maltez destacou na edição deste ano a participação de “grande parte dos cavaleiros tauromáquicos” do país, que se quiseram juntar ao certame e que irão participar num “passeio” a partir das 18:00 de quinta-feira na manga do recinto, no Largo da Feira.
O desfile acontecerá depois do 58.º Concurso Nacional de Apresentação do Cavalo de Sela FNC e do XX Concurso Nacional de Apresentação do Cavalo de Sela da Feira Internacional do Cavalo Lusitano, no “dia mais importante para os criadores”, realizando-se à noite um espetáculo equestre pela Escola Portuguesa de Arte Equestre, destacou.
Para o autarca, a Feira da Golegã já “não tem nada para inventar”, sendo preocupação “preservar a tradição e o legado” deixado pelos antepassados, num evento que “tem quase 500 anos” e que se distingue pela ambiência que cria na pequena vila, com a circulação incessante de cavalos pelas ruas, o desfile de cavaleiros e amazonas na manga do Largo do Arneiro, o cheiro a castanhas assadas e a presença de criadores e de vendedores de todo o tipo de produtos ligados ao setor.
Na terça-feira, o certame recebe provas do Concurso de Dressage Nacional, no Hippos Centro de Alto Rendimento de Desportos Equestres, decorrendo no Largo do Arneiro e no Picadeiro Lusitanus o V Campeonato Nacional Inter Escolar de Equitação.
As provas prosseguem quarta-feira, em vários espaços da vila, realizando-se, à noite, no Largo do Arneiro, a prova livre com música do Troféu Marquês de Marialva - Concurso de Dressage Nacional.
Para sexta-feira estão agendadas as finais do Campeonato Nacional de Equitação de Trabalho – Ensino e do Campeonato Combinado de Maratona – 1.ª Mão, a apresentação do Pónei da Terceira e, à noite, o espetáculo equestre do Centro Equestre da Lezíria Grande.
A partida para o concurso de Resistência Equestre está marcada para as 08:00 de sábado, no Largo do Arneiro, decorrendo de manhã as finais do Campeonato Nacional de Equitação de Trabalho – Maneabilidade e do Campeonato Combinado de Maratona – 2.ª Mão e, à tarde, a final e cerimónia de entrega de prémios da Feira de São Martinho, XLIII Feira Nacional do Cavalo e da XX Feira Internacional do Cavalo Lusitano – Campeões da Raça Lusitana.
Sábado à tarde, além das meias finais do Torneio Ibérico de Horseball, serão apresentados o livro “A Inglesa e o Marialva – Um amor na Arena”, de Clara Macedo Cabral, e a Associação do Cavalo de Raça Anglo-Árabe, realizando-se à noite o “reconhecimento e agradecimento às equipas portuguesas presentes nos Jogos Equestres Mundiais” e as “cavalhadas”, prova de perícia e destreza.
A manhã do dia de São Martinho será marcada pelo cortejo e bênção dos Romeiros de São Martinho, realizando-se à tarde as finais do Campeonato Nacional de Equitação de Trabalho – Velocidade e do Torneio Ibérico de Horseball.
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