Fernando Ocariz era o "número dois" da organização desde 2014 e foi eleito na segunda-feira à noite, em Roma, durante um congresso eletivo do Opus Dei, no qual participaram 156 padres e leigos masculinos.
O novo prelado do Opus Dei nasceu em 1944, numa família espanhola numerosa, exilada em Paris devido à guerra civil em Espanha.
Diplomado em ciências físicas na universidade de Barcelona, Ocariz prosseguiu os estudos na universidade pontifícia de Latrão, em Roma. Posteriormente, fez o doutoramento na universidade de Navarra em 1971, ano em que foi ordenado padre.
Ocariz é consultor da Congregação para a Doutrina da Fé, Congregação para o Clero e Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, e ensina teologia na universidade pontifícia da Santa Cruz em Roma (gerida pelo Opus Dei), tendo publicado várias obras especializadas.
Os membros do Opus Dei escolheram a continuidade, uma vez que Fernando Ocariz conheceu pessoalmente o fundador desta organização Josemaria Escrivá de Balaguer, por ter vivido na mesma residência do Opus Dei quando estudava teologia em Roma.
Ocariz acompanhou nas duas últimas décadas o antecessor, Javier Echavarría, em numerosas viagens. Echevarría morreu a 12 de dezembro passado, em Roma, aos 84 anos.
Nascido em Madrid em 1932, Echevarría sucedeu em 1994 a Alvaro Del Portillo, que liderou a instituição depois do fundador da prelatura, Josemaria Escrivá.
Presente em vários países europeus, mas também na América Latina, o Opus Dei tem 92.600 membros, incluindo 2.083 padres. Mais de metade dos membros (57%) são mulheres.
Fundado em Espanha em 1928, por um jovem padre, Josemaria Escriva de Balaguer (1902-1975), o Opus Dei (Obra de Deus, em latim) foi constituído prelatura pessoal em novembro de 1982 pelo papa João Paulo II.
O atual porta-voz do Vaticano, Greg Burke, é membro do Opus Dei, bem como o seu antecessor, Joaquin Navarro-Valls.
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