Em comunicado, a associação justifica a distinção referindo que, “sem esquecer a história da receção crítica de Camões, Nuno Júdice liberta o poeta da sua auréola mitificada e conduz à compreensão do seu pensamento sobre o amor, a morte, o país e o mundo”.
“Camões por cantos nunca dantes navegados” é “uma obra que ajuda a compreender melhor a modernidade da poética de Camões, enriquecendo indiscutivelmente o panorama dos estudos camonianos”, prossegue a associação.
Sobre o outro distinguido, “Assim nasceu uma língua”, afirma a associação tratar-se de uma “obra em que um amplo saber filológico se cruza frequentemente com um humor inteligente”.
“Fernando Venâncio produziu um estudo notável sobre as origens da língua portuguesa dos primórdios à época contemporânea. Desfazendo erros e mostrando com eficácia e clareza a força e a independência da língua portuguesa, manifestadas aliás desde muito cedo, ‘Assim nasceu uma língua’ é um ensaio muito vivo e pertinente que se lê como história, a história da uma língua tantas vezes maltratada”, pode ler-se na justificação.
O prémio tem o valor de 4.000 euros que será partilhado pelos dois autores e será entregue “em data e local a anunciar”.
O júri do galardão foi composto por Ana Mafalda Leite, Liberto Cruz e Paula Cristina Costa.
Nuno Júdice é professor na Universidade Nova de Lisboa, poeta, ensaísta, romancista, dramaturgo e tradutor, várias vezes premiado nacional e internacionalmente.
Fernando Venâncio é professor na Universidade de Amesterdão, ensaísta, romancista, cronista, tradutor e linguista, com várias obras publicadas nestes diferentes domínios.
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