As comemorações estiveram incluídas na 21.ª Feira Internacional do Livro da Universidade de Carabobo (FILUC) e incluíram folclore português, declamações de poesia, um debate sobre os tempos de amor do poeta luso, uma conferência de imprensa sobre Camões em dois tempos, sonetos musicalizados pelo “Grupo Ensamble Más que Voces” e um concerto com a luso-venezuelana Andrea Imaginário.
“Quisemos celebrar os 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, na feira do livro da Universidade de Camões com a qual o Camões tem o protocolo de cooperação na área do ensino de português como língua estrangeira para quem almeja, ser instrutor e professor de língua portuguesa ou melhorar as suas competências na área da didática”, explicou o coordenador do Camões IP à Lusa.
Segundo Rainer Sousa as celebrações foram em Valência como parte da aposta da Embaixada de Portugal de desconcentrar, no país, as atividades culturais, que são realizadas em grande maioria em Caracas.
“As celebrações dos 500 anos do nascimento de Camões, dão-se num contexto bastante particular, que tem a ver com a expansão do ensino da língua portuguesa na Venezuela, onde já temos mais de 11 mil estudantes e continuamos a crescer em localidades do país como Anzoátegui, Arágua, Mérida, Nova Esparta e La Guaira”, disse.
Por outro lado, o adjunto da coordenação do Camões IP, no estado de Arágua e Carabobo, Henrique De Sá, explicou que, na região central da Venezuela estão a avançar com um plano de atividades chamado Lusíadas na Venezuela.
“Temos um projeto de leitura de Os Lusíadas, entre todos os alunos de Português, como um presente à Venezuela, a Portugal e à Camões”, disse.
Explicou ainda que os alunos de português, lusodescendentes e venezuelanos têm consciência da importância de Luís Vaz de Camões e da sua obra, mas que é preciso aprofundar esse conhecimento.
“É necessário ir além do só mencionar o nome e conhecer uma obra que é vasta, impressionantes e que às vezes nem tomamos temos para a ler. É muito importante que venezuelanos, lusodescendentes e portugueses também leia o autor, o poeta porque é uma forma de dar o contorno à nacionalidade”, disse.
Henrique de Sá, sublinhou que “Camões foi uma porta de entrada a outros autores (…) que de alguma maneira deram continuidade, exploraram ainda mais o tema nacionalismo e outros temas falados e comentados pelo próprio Camões como o amor, a mulher e as glórias de Portugal, e o que agora é a lusofonia”.
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