De acordo com o município de Ille-et-Vilaine, os participantes da festa, realizada num hangar na localidade de Lieuron, a sul da cidade de Rennes (oeste), começaram a desmobilizar hoje de manhã.

O evento reuniu cerca de 2.500 pessoas apesar de vigorar o recolher obrigatório em França durante a passagem de ano devido a um novo surto de covid-19 que ameaça o país.

“Não houve intervenção da polícia”, disse o município, acrescentando que os agentes, que controlam as estradas de acesso ao local, procederam a operações de controlo e intimação dos participantes.

Na sua conta oficial da rede social Twitter, o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, adiantou que as “numerosas forças de segurança” no local e “os controlos intensivos levaram à paragem da festa ilegal em Lieuron sem violência”.

“Continuamos os controlos e a intimação de cada participante assim que deixa o local”, acrescentou.

O município confirmou a “interrupção do som” sem descartar a possibilidade de um reinício da música.

Pelo menos um equipamento de som foi desmontado, disse. As primeiras desmobilizações tiveram lugar às 05:30 horas locais (04:30 em Lisboa).

Cerca de metade do parque de estacionamento estava vazio hoje de manhã, segundo constatou um repórter da agência de notícias France Presse (AFP).

Gérald Darmanin tinha convocado uma reunião em Paris na sexta-feira à noite com os membros do município para analisar as medidas a tomar para acabar com a festa.

Na quinta-feira, a polícia tentou, sem sucesso, impedir o evento, mas “enfrentou hostilidade violenta de muitos participantes”, segundo o município.

Durante estes confrontos “um veículo da polícia foi incendiado, três outros foram danificados e polícias agredidos com garrafas e pedras, ficando com ferimentos ligeiros”, acrescentou.

Em Llinars del Vallès, nos arredores de Barcelona, continuava hoje de manhã uma festa semelhante, agora com muito menos participantes, que começou cerca das 21:00 horas de 31 de dezembro num armazém abandonado.

A polícia explicou na sexta-feira que planeava tomar medidas se os participantes não deixassem as instalações por sua livre vontade.

Fonte policial, citada pela agência de notícias Efe, adiantou que se realizará hoje manhã uma reunião para avaliar como e quando proceder ao despejo do armazém.

Mais de duzentas pessoas de várias nacionalidades participaram no evento, que foi denunciado pelos vizinhos e que, segundo algumas fontes, pretende prolongar-se até 4 de janeiro.

Inicialmente, a polícia deu indicações de que não queriam recorrer à força para acabar com a festa “para evitar incidentes graves”.

As pessoas que hoje de manhã começaram a deixar o armazém foram identificadas e alvo de queixa por participarem numa festa proibida e sem respeitar as medidas de prevenção que vigoram em Espanha no contexto da pandemia de covid-19.