"O festival Geada tenta dar a conhecer ao exterior as tradições e os aspetos mais marcantes da cultura do planalto mirandês, em tempos de Solstício de Inverno", disse à agência Lusa Sérgio Vaz, da organização do festival.
Este festival tem um mote que assenta na máxima "Bamos derretir l caraimbelo!", uma expressão em língua mirandesa que se pode traduzir para português como "vamos derreter o gelo". Esta é uma das imagens de marca do festival que acontece nos últimos dias de cada ano e que junta algumas centenas de jovens num encontro tipicamente de inverno.
Os promotores da iniciativa, porém, não pretendem fazer um "festival de massas", mas sim uma "festa" que reúna não mais de 500 participantes.
"Queremos fazer um festival intimista e fomos buscar o que mais genuíno tem a nossa cidade e o nosso território dando um novo fôlego à iniciativa", frisou Sérgio Vaz. Ou seja, língua, a cultura e as tradições.
A organização do festival cabe à Associação Recreativa da Juventude Mirandesa (ARJM), coletividade que "tenta dar a conhecer ao exterior" as tradições e os aspetos mais marcantes da cultura do Planalto Mirandês.
Todos os anos o festival recebe jovens oriundos de todo o país e da vizinha Espanha.
A organização convida, no primeiro dia do evento (sexta-feira), os participantes a conhecerem o centro histórico da cidade de Miranda do Douro através de uma visita às típicas adegas que ali se encontram, acompanhados pela música dos iPUM, Anda Camino, Lulupls Munimux.
Para sábado, o segundo e último dia do encontro, está marcado um espaço que dá a conhecer os rituais das figuras do Solstícios de Inverno, um concurso de pequenos gaiteiros.
Na tenda Geada, por seu lado, vão marcar presença os músicos Galandum Galundaina, Pauliteiros de Miranda, Velha Gaiteira e Roncos do Diabo.
Assim, os participantes poderão dançar à volta da tradicional fogueira do galo, e ao som das gaitas-de-foles, ver dançar pauliteiros e ouvir a música tradicional mirandesa.
Podem também tocar instrumentos tradicionais, descobrir a língua mirandesa e conviver nas típicas adegas do centro histórico da cidade.
O festival assinala, em 2018, dez anos de existência, em prol da defesa da cultura do Planalto Mirandês, e das suas ancestrais tradições.
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