Em conferência de imprensa, no Porto, para fazer o balanço do ano letivo e da legislatura, o sindicalista elencou tudo o que não foi conseguido nos últimos quatro anos de governo socialista.
“Conduzimos com todos os governos anteriores processos de negociação que levaram a acordos em diferentes matérias: vinculação de professores, alteração do diploma de concurso e a revisão do regime de formação contínua de professores. Com este Governo não foi possível chegar a nenhuma situação de compromisso”, disse João Dias da Silva.
E prosseguiu: “este ministério ignorou por completo os nossos pedidos de reunião para se tratar outras matérias relevantes para o sistema educativo: a aposentação dos professores, a questão dos concursos de professores, da formação contínua e inicial de professores e, sobretudo, dos trabalhadores não docentes”.
Em contraponto, acrescentou, as reuniões ocorridas no ministério “foram para tratar da questão da recuperação do tempo de serviço congelado”.
“Esta legislatura adiou problemas, permitiu que alguns se agravassem (…) tivemos um conjunto de circunstâncias como o envelhecimento do corpo docente, a insuficiência de trabalhadores não docentes, de incapacidade de dar resposta às questões da indisciplina. Temos um conjunto de questões que ficaram por responder e que ficaram piores no final desta legislatura”, acrescentou o sindicalista.
Reclamando novas políticas para o setor, o secretário-geral defendeu que para a FNE “o que está em causa não são as pessoas, mas as políticas”, numa alusão à possibilidade de o PS vencer as próximas eleições legislativas e Tiago Brandão Rodrigues ser reconduzido como ministro da Educação.
“Se for possível que o partido que vença as eleições coloque no seu programa de trabalho respostas concretas para os problemas que foram adiados nesta legislatura não temos interlocutor privilegiado em termos pessoais, temos é a preocupação de que sejam definidas políticas (…) no espaço da concertação no diálogo e no compromisso”, acrescentou.
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