Segundo o estudo ‘LEME — Barómetro PwC da Economia do Mar’, 72% dos inquiridos afirma que o mar português tem “boa qualidade” ambiental, face a 26% que refere que a qualidade é “razoável” e 2,0% que a classifica como “fraca”.
Do total dos que defendem a boa qualidade do mar (72%), 78% afirmam que este é um argumento “usado de forma insuficiente por Portugal”.
Já dos que consideraram que a qualidade do mar português é “fraca”, 96% sublinha que, no contexto europeu, as consequências da baixa qualidade no mar português são “significativas”.
Entre o total dos inquiridos, 39% refere que “acontece frequentemente” a presença de lixo no mar português e 24% diz que se verifica, com regularidade, situações de sobrepesca.
Por sua vez, 77% diz que há um risco “reduzido” de se encontrarem resíduos radioativos e 62% defende a mesma posição face ao desmantelamento de navios no mar português.
Relativamente ao impacto, 61% considera que a verificar-se derrames será “elevado” e 88% defendem a mesma posição em relação aos resíduos radioativos.
Conforme indica o ‘LEME’, “dos nove riscos analisados, sete (78%) estão no quadrante de risco e o impacto acima do razoável, a tender para o elevado. Assim, embora Portugal tenha uma muito boa qualidade da água, comparativamente com outros países europeus, está sujeito a riscos e possíveis impactos elevados, que podem vir a afetar negativamente a sustentabilidade ambiental, caso não se mantenha, no terreno, uma ação constante de monitorização e de mitigação de riscos”.
A PwC nota ainda que, ao solicitar aos inquiridos sugestões para que Portugal seja uma referência, no contexto internacional, em termos de boa qualidade ambiental do mar, de uma forma geral, foram referidas, entre outras, o tratamento de resíduos urbanos e industriais, o reforço da educação ambiental e o uso de energias limpas.
Sobre o impacto futuro da economia do mar na revolução digital, 90% dos inquiridos diz que é “elevado”, 8% refere que é “médio” e 2% defende que é “baixo”.
Realizado desde 2008, o LEME tem como objetivo acompanhar a evolução da economia do mar em Portugal e analisar as tendências e escolhas dos agentes económicos. Apesar de não indicar o número de inquiridos, a PwC esclarece que, à semelhança das anteriores edições, em 2017 foram auscultadas as opiniões de gestores de topo, líderes das diversas indústrias e entidades do mar.
Segundo a consultora, foram auscultados 20 gestores em 2010, 20 em 2011, 30 em 2012, 40 em 2013, 50 em 2014, 50 em 2015 e 50 em 2016.
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