Ana Abrunhosa anunciou este concurso internacional em Tondela, durante a apresentação de um projeto-piloto da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, “Ir e Vir”. Um projeto de transporte público flexível e adaptado às necessidades para localidades que não são servidas por autocarros públicos.
No Ministério da Coesão Territorial o objetivo, destacou, “é ter em pelo menos todas as comunidades intermunicipais do interior, não só este transporte flexível e a pedido, mas também projetos de saúde mais próximos, de serviços públicos mais próximos, de cultura mais próxima”.
“Até porque a tecnologia hoje assim o permite. Em vez de multiplicarmos equipamentos e infraestruturas, levarmos os serviços às pessoas e isso leva-nos a outra questão: a ausência de conectividade digital em muitos espaços do território do interior”, admitiu.
Neste sentido, avançou que o seu Ministério está a coordenar um grupo de trabalho com os ministérios das Infraestruturas e Habitação e da Economia, para definir e identificar todos os territórios que não têm cobertura” de internet.
No interior, disse, “os operadores não vão sem apoio, sem financiamento” para poder dotar esses territórios “de conectividade digital fixa e móvel, porque o objetivo é esse” e, para isso, continuou, o Ministério já tem previstas verbas, "no âmbito do PT2030 do próximo quadro comunitário” para lançar o concurso.
“Eu gostaria que fosse até ao final do ano o procedimento concursal para que os operadores venham. Estamos a falar de um investimento de cerca de 400 milhões de euros, é a estimativa que temos e, portanto, iremos lançar um concurso público internacional até final do ano”, anunciou.
Para já, explicou, o grupo de trabalho dos três ministérios, que a Coesão Territorial está a coordenar, está, “neste momento, a fazer um levantamento junto das operadoras, com o extraordinário apoio da ANACOM”.
“Depois a ideia é, junto de todos os autarcas, fazer, digamos, afinar esse levantamento das zonas que não são cobertas, porque ninguém, melhor que os autarcas, sabe o que é melhor nos territórios e que ainda falta cobrir”, apelou.
Perante autarcas da região, presentes na apresentação do projeto da CIM Viseu Dão Lafões, reeleitos no domingo por diversos partidos, nomeadamente do PS e PSD, Ana Abrunhosa começou por dizer que se justificava fazer “uma declaração política”.
“Felizmente, há uns dias, arrumámos as bandeiras e, hoje, o que nos une e aquilo que hasteamos é a bandeira do território e, no meu caso, é a bandeira da coesão territorial (…) e o que contam são as necessidades das pessoas, são os projetos que temos de desenvolver para lhes dar qualidade de vida”, assumiu.
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