São 10 milhões de euros o valor que o Estado vai dar a 10 colégios do grupo GPS, cujos principais dirigentes - entre os quais o antigo deputado socialista António Calvete - estão acusados, pelo Ministério Público, de corrupção, burla, peculato, falsificação de documentos e abuso de confiança. Isto na sequência da renovação dos contratos de associação com os colégios do grupo.
A notícia avançada este sábado no Expresso conta que enquanto não houver um julgamento e uma decisão concreta por parte da justiça o Estado vai continuar a pagar ao grupo de forma a assegurar que todos os alunos tenham acesso a educação gratuita perto das suas residências em locais onde a oferta pública é insuficiente.
A lista provisória dos novos contratos de associação a serem realizados inclui 29 colégios, sendo que desses sete pertencem ao grupo GPS. A estes juntam-se outros três do mesmo grupo cujos contratos já são anteriores, mas têm que ser renovados para que nenhum estudante fique com os estudos a meio de um ciclo.
Em resposta ao jornal o Ministério da Educação afirmou que reduziu o número de colégios do grupo financiados (de 13 para 10) e cortou o financiamento (de 21 milhões de euros para 10). Além disso, a tutela afirma que haja uma condenação transitada em julgado não há razão para reverter a situação.
Recorde-se que o dinheiro pago a colégios do grupo GPS no âmbito dos contratos de associação com o Estado pagaram férias, carros, bilhetes para o mundial de futebol de 2006, jantares, vinhos e até seguros pessoais, segundo a acusação do Ministério Público.
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