O ex-secretário de Estado da Administração Educativa José Manuel Canavarro disse hoje que a decisão do juiz de instrução criminal de não o levar a julgamento por corrupção passiva é "muito clara" e "muito bem fundamentada".
O juiz Ivo Rosa decidiu que, dos sete arguidos, um antigo secretário de Estado e um ex-diretor regional de Educação de Lisboa não iriam a julgamento. Os restantes cinco são gestores e vão ser julgados.
O Ministério da Educação vai firmar novos contratos de associação com os colégios do grupo GPS, cujos principais dirigentes estão acusados de corrupção, e financiá-los com 10 milhões de euros.
O dinheiro pago a colégios do grupo GPS no âmbito dos contratos de associação com o Estado pagaram férias, carros, bilhetes para o mundial de futebol de 2006, jantares, vinhos e até seguros pessoais, segundo o Ministério Público.
O ex-secretário de Estado José Canavarro e um antigo diretor regional de educação tomaram decisões, dias após a queda do Governo, que favoreceram financeiramente o grupo GPS, em troca de lugares nesta sociedade, segundo a acusação.
O grupo GPS defendeu hoje que a acusação deduzida pelo Ministério Público contra cinco dos seus antigos e atuais administradores contém "um conjunto de incongruências" que a poderá "ferir de morte", sem precisar a que incongruências se refere.
O ex-secretário de Estado Adjunto e da Administração Educativa José Manuel Canavarro e um antigo diretor regional de educação estão acusados de corrupção no caso dos colégios do grupo GPS, segundo a acusação a que a Lusa teve acesso.