“Vai ser aberto um procedimento disciplinar interno e, caso se confirmem os factos, o guarda será demitido”, disse Celso Manata à Lusa.
O responsável reafirmou “tolerância zero” para tráfico de estupefacientes ou de telemóveis no interior dos estabelecimentos prisionais, assim como para maus-tratos a reclusos.
Um guarda do Estabelecimento Prisional do Porto foi detido hoje de madrugada, quando prestava serviço numa das torres de vigia, com 56 gramas de haxixe e nove telemóveis, informou a Direção–Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
A operação foi conduzida pelos Serviços de Vigilância do Estabelecimento Prisional do Porto, em articulação com a PSP, tendo a droga e os telemóveis sido apreendidos.
Além do procedimento disciplinar interno, o guarda incorre ainda em procedimentos criminais e judiciais, a cargo dos tribunais.
Segundo a DGRSP, a detenção e apreensão de droga e de telemóveis foi o culminar de um “esforço acrescido ao trabalho quotidiano de controlo à entrada e circulação de bens e produtos ilícitos em contexto prisional”.
Os elementos do corpo da guarda prisional envolvidos nesta operação serão “objeto de louvor”.
“Não posso deixar de manifestar o meu contentamento por terem sido outros guardas a levar a efeito esta operação, evitando assim que uma pequena minoria suje o nome da classe e das instituições”, referiu Celso Manata.
Para o diretor-geral, o surgimento, nos últimos tempos, de outros casos idênticos não significa que o fenómeno esteja a aumentar, antes é reflexo de uma maior eficácia por parte da inspeção.
“Instituímos tolerância zero para estes fenómenos, há uma maior eficácia por parte da inspeção, estamos a investigar melhor e, por isso, temos mais resultados”, rematou.
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