A braços com uma guerra civil desde 2011 e com uma economia por isso mesmo devastada, a Síria é liderada desde 17 de julho de 2000 por Bashar al-Assad, que sucedeu ao pai, Hafez al-Assad, um mês depois da sua morte, na Presidência e na liderança do partido Baas.
Segundo o portal noticioso sobre o Médio Oriente Al Bawaba, a eleição será realizada em áreas controladas pelo regime, com sondagens parciais a ocorrer em regiões onde Bashar al-Assad tem algum controlo, como Hasakeh, Idlib e Raqa.
O Baas, no poder há meio século e intimamente ligado ao clã Al-Assad, tem vencido as legislativas por larga margem.
No último escrutínio, em abril de 2016, a Frente Progressiva Nacional (aliança do Baas com nacionalistas e comunistas) conquistou 80% dos votos e elegeu 200 deputados.
Para o jornalista sírio Baha al-Awam, “as eleições na Síria são mais um processo de recrutamento realizado através de uma competição governamental, do que uma eleição ‘per se'”. Os países ocidentais não reconhecem os resultados das eleições.
As presidenciais estão marcadas para 2021 e o chefe da diplomacia sírio, Walid Muallem, repetiu recentemente que “o Presidente Al-Assad vai continuar enquanto o povo sírio quiser”.
Todavia, a crise económica tem vindo a piorar, agravada pelo novo coronavírus, e foram impostas acrescidas sanções norte-americanas. Com a desvalorização da moeda nacional subiram os preços dos produtos essenciais.
Num país onde “mais de 80% da população vive abaixo do limiar da pobreza”, a situação provocou “raros protestos em áreas controladas pelo governo de Al-Assad” em junho, nota o jornalista Albert Aji, da Associated Press, num artigo no jornal norte-americano Spokesman-review.
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