Nas duas unidades “estão atualmente internados 70 doentes em enfermaria covid”, disse à agência Lusa a presidente do Conselho de Administração (CA) do CHO, Elsa Baião, admitindo que o número “ultrapassa a capacidade instalada” para doentes infetados com o novo coronavírus.
O número de internamentos reflete “um aumento de cerca de 40% no número de doentes covid” assistidos desde o final do ano de 2020, sendo também “consequência de um surto interno”, informou o CHO.
Naquelas duas unidades verifica-se também “uma sobrelotação dos espaços” nos serviços de urgência geral, levando a que “atualmente os doentes críticos estejam a ser reencaminhados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) para outras unidades hospitalares, de acordo com a situação clínica”, esclareceu o CA.
Trata-se de uma situação que “vai oscilando com períodos de maior ou menor pressão”, explicou Elsa Baião, clarificando que “as urgências não estão encerradas, mas apenas bloqueadas para CODU e INEM”.
Ou seja, “todos os doentes que se desloquem diretamente às urgências serão admitidos”, sublinhou a administradora.
Além daquelas duas unidades, o Centro Hospitalar do Oeste integra ainda o Hospital de Peniche, onde não está a ser efetuado internamento de doentes infetados com covid-19 e onde, “em meados de janeiro”, se prevê a entrada em funcionamento de uma nova unidade de internamento.
“As obras de remodelação da enfermaria iniciaram-se em novembro e prevê-se que estejam concluídas a breve trecho”, permitindo a abertura de mais “21 camas” de internamento destinadas a doente não covid”, disse a presidente do CA.
Desde o início da pandemia foram contratados para os três hospitais do CHO 173 novos profissionais.
O CHO tem uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.
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