O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) indicou em comunicado enviado à agência Lusa que, nestes dias, os constrangimentos vão incidir nas equipas de Cirurgia Geral e Medicina Interna, que “garantirão resposta às situações urgentes e emergentes, apenas a doentes encaminhados pelo CODU/INEM”.
Aquela unidade hospitalar apela a todos os utentes para contactarem a Linha de Saúde 24, para que sejam “devidamente encaminhados, em função da gravidade do seu quadro clínico”.
Estes constrangimentos “decorrem das declarações de indisponibilidade para realização de trabalho extraordinário, para além das 150 horas/ano obrigatórias por lei, apresentadas pelos médicos das várias especialidades”, justificou o HESE.
Dezenas de hospitais do país estão a enfrentar constrangimentos e encerramentos temporários de serviços devido à dificuldade das administrações completarem as escalas de médicos, na sequência de mais de 2.500 médicos terem entregado escusas ao trabalho extraordinário, além das 150 horas anuais obrigatórias, em protesto após mais de 18 meses de negociações sindicais com o Governo.
Esta crise já levou o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, a admitir que este mês poderá ser dramático, caso o Governo e os sindicatos médicos não consigam chegar a um entendimento.
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