O novo serviço promovido pelo Hospital de São João, no Porto, e que vai ficar baseado no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Valongo, arrancou com o apoio a cinco doentes.
Segundo a secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte, com esta unidade, são já 12 em funcionamento, sendo o objetivo do Governo atingir as 25.
O diretor desta Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHM), Carlos Dias, informou que "para cinco doentes foram preconizados quatro enfermeiros” e dois médicos, “sendo um deles a tempo completo e outro a tempo parcial".
Esta equipa terá ao seu dispor duas viaturas, que transitaram do conselho de administração do Hospital de São João, informou a assessoria daquela unidade hospitalar.
"Pretendemos dentro de um ano ter 15 doentes, o que quer dizer que iremos ter três equipas, três viaturas, nove a 12 enfermeiros e cerca de cinco médicos", acrescentou o responsável.
Questionado pela Lusa sobre se isso implicará um reforço dos recursos humanos do hospital, Carlos Dias não se comprometeu, remetendo-o para o Ministério da Saúde, mas admitiu outro cenário, afirmando que, se em teoria o serviço vai permitir "reduzir camas no hospital", se assim for, "haverá recursos que podem ser deslocados para este serviço".
Quanto aos critérios para que os doentes possam ser hospitalizados no domicílio, o diretor elencou que "terão de ter indicação de internamento, uma doença aguda, com diagnóstico bem definido, e estarem estabilizados sob o ponto de vista cardíaco, renal e respiratório".
Explicando que serão internados doentes com "patologias respiratórias, nas vias urinárias e na pele", precisou ser quem "necessita de terapia endovenosa o ideal para estar no domicílio".
Acresce a isto, disse ainda Carlos Dias, que "o doente tem de aceitar ser tratado no domicílio, através da assinatura de um consentimento informado e terá de ter um cuidador capaz", para além de possuir no domicílio "telefone, frigorífico e condições de higiene adequadas", situações que serão "avaliadas, caso a caso, por uma assistente social".
Estão abrangidos os concelhos de Valongo e Maia, cujos limites distam 20 quilómetros de distância do Hospital São João.
Sobre o projeto, a secretária de Estado disse estar "provado que é eficaz e que traz benefício para a saúde do indivíduo", informando a intenção do Governo de o "alargar com segurança, para mais camas e mais hospitais" de modo a conseguir-se "dar a resposta pretendida".
Segundo a governante, o previsto, em número de hospitais, "era que estivesse [a funcionar em] 25 hospitais", verificando-se haver "já 12 a dar resposta".
Dando conta que esta estrutura "começa a ser eficaz a partir do momento que tem mais de 15 camas", Raquel Duarte vincou não querer "rapidez", preferindo avançar com "confiança e segurança para que depois o passo que se der seja o certo, sempre na mesma direção".
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