Naquele núcleo da ilha da Culatra foram identificadas 24 edificações em zona de risco e em domínio público marítimo, mas a operação abrangeu apenas 14 construções, já que as restantes dez estão protegidas por providências cautelares, ainda sem decisão.
Em comunicado, o ministério do Ambiente reiterou que em nenhum dos casos "se procedeu à demolição de edificações que sirvam de primeira e única habitação".
Tanto no núcleo dos Hangares, como no do Farol Nascente, onde as demolições se iniciaram, em abril, também não foram demolidas edificações "que sirvam de apoio à atividade dos pescadores, viveiristas ou mariscadores na Ria Formosa".
Em ambos os casos, o processo decorreu sem contestação popular, apesar de os proprietários terem realizado diversas ações de protesto, sobretudo ao longo do último ano, contra as demolições.
Vários recorreram aos tribunais para submeterem providências cautelares e, assim, evitar a destruição das construções, até que os tribunais se pronunciem definitivamente sobre o processo.
A ilha da Culatra é composta por três núcleos - Culatra, Farol e Hangares - e a gestão administrativa é da Câmara de Faro.
As intervenções de renaturalização das ilhas-barreira da Ria Formosa, no Algarve é da responsabilidade da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa.
O núcleo dos Hangares foi criado há 100 anos, altura em que várias pessoas foram enviadas para aquela zona, para o Centro de Aviação Nacional, com objetivos de proteção durante a I Grande Guerra Mundial.
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